Por Dhirendra Tripathi
Investing.com – As ações da H&M (ST:HMb) desabaram 12,91% a 126,2 de coroas suecas no pregão desta quinta-feira (31) em Estocolmo, depois de a varejista de moda ter registrado lucros bem fora das expectativas para o primeiro trimestre.
Em um certo ponto, a ação chegou a ser negociada a seu menor valor em dois anos. Os resultados foram prejudicados por inúmeros obstáculos, incluindo a guerra entre a Rússia e a Ucrânia, os lockdowns na China e os investimentos em tecnologia e na cadeia de fornecimento.
No trimestre de fevereiro, embora o grupo tenha alcançado lucro antes de impostos de 282 milhões de coroas (US$ 30 milhões) na sequência de um prejuízo de 1,39 bilhão de coroas um ano antes, o resultado bem abaixo das previsões de lucro de 1,05 bilhão de coroas que os analistas entrevistados pela Bloomberg tinham previsto.
"As vendas e os lucros do trimestre foram afetados pelos efeitos negativos da pandemia em muitos dos principais mercados do grupo", disse a H&M em um comunicado, citando interrupções e atrasos na cadeia de fornecimento e uma nova onda de Covid-19 em alguns mercados.
A rede de varejo suspendeu as vendas na Rússia, seu sexto maior mercado, que representa cerca de 4% do total das receitas. Na quarta-feira, a H&M contabilizava 227 lojas fechadas, a maioria delas na Rússia, Belarus e Ucrânia. Excluindo-se esses três países, a receita cresceu 11% em março, afirmou a agência de notícias.
A empresa também enfrentou o peso dos lockdowns relacionados com a Covid na China, um dos seus maiores mercados. A China segue uma política de Covid zero e suas regras restritivas estão impactando duramente as redes de varejo. Parte dos varejistas também vem sofrendo com o aumento de sentimento negativo rótulos estrangeiros na segunda maior economia do mundo.
No trimestre, as vendas aumentaram 23% numa base ano a ano, para 49,16 bilhões de coroas suecas, mas ainda estavam 11% abaixo do mesmo período de dois anos atrás.
A H&M, a segunda maior rede revendedora de moda do mundo após a Inditex (MC:ITX), controladora da Zara, disse que as vendas durante o período de 1º a 28 de março aumentaram apenas 6% em moeda local.