HAIA, Holanda (Reuters) - O governo holandês levará em conta os interesses econômicos da ASML (AS:ASML) ao decidir sobre o endurecimento das regras que regem a exportação de equipamentos de fabricação de chips da companhia para a China, disse o primeiro-ministro holandês, Dick Schoof, nesta sexta-feira.
"Estamos em conversações, boas conversações e também estamos atentos muito especificamente aos interesses econômicos da ASML, que precisam ser ponderados em relação a outros riscos e os interesses econômicos são extremamente importantes", disse Schoof. O premiê respondeu a perguntas sobre possíveis restrições adicionais às exportações da ASML para a China.
"A ASML é, para a Holanda, um setor extremamente importante e inovador que não deve sofrer em nenhuma circunstância, porque isso prejudicaria a posição global da ASML", acrescentou.
A China é o terceiro maior mercado da ASML, depois de Taiwan e Coreia do Sul, e as empresas chinesas representam cerca de 20% de sua atual carteira de pedidos. Após rodadas anteriores de restrições, os fabricantes de chips chineses estão comprando principalmente equipamentos mais antigos ASML que não se enquadram nas restrições de exportação e são usados para fabricar microprocessadores "legados", importantes na produção industrial em todo o mundo.
As regras anteriores impostas pelo governo holandês exigiam uma licença para a linha mais sofisticada de produtos da ASML. Separadamente, em outubro de 2023, os Estados Unidos começaram a restringir unilateralmente a ASML de exportar algumas ferramentas próximas ao meio de sua linha de produtos - uma medida que provocou questionamentos no parlamento holandês.
O governo holandês, estreitamente alinhado com os EUA e um forte apoiador da Otan, está insatisfeito com o suporte da China à Rússia na guerra contra a Ucrânia.