Pequim, 6 jun (EFE).- A Associação Internacional do Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês) prevê que as companhias aéreas europeias perderão este ano cerca de 860 milhões de euros (US$ 1,1 bilhão), número que quase duplica suas estimativas realizadas em março de 468 milhões de euros (US$ 600 milhões), se a crise da eurozona continuar.
Assim assinalou nesta segunda-feira o executivo-chefe da Iata, Tony Tyler, em seu discurso de abertura da 68ª assembleia anual da organização realizada entre hoje e amanhã na capital chinesa, Pequim.
O ritmo de crescimento da demanda na Europa vai se desacelerar para 2,3%, o que mostra uma diminuição significativa frente ao aumento de 6,7% experimentado em 2011.
Algumas grandes economias europeias já estão em recessão (Espanha e Reino Unido) e se prevê que a fraqueza econômica se estenda ainda mais durante o ano, enquanto se aprofunda a crise da eurozona.
Ao mesmo tempo, as companhias europeias continuam afetadas por regimes fiscais elevados e crescentes, e uma gestão ineficiente do tráfego aéreo.
Apesar disso, a organização mantém sem mudanças suas previsões para o setor mundial desde a última revisão em março que apontavam para um lucro de 2,342 bilhões de euros (US$ 3 bilhões), graças à melhora dos resultados das companhias americanas.
Tyler, acrescentou que este será o segundo ano de diminuição do rendimento do setor, após o máximo alcançado em 2010. EFE