Por Alexander Cornwell
DUBAI (Reuters) - Medidas para permitir que voos continuem entre a União Europeia e a Inglaterra no evento de uma saída desordenada do Reino Unido do bloco de países europeus provavelmente não serão suficientes para se evitar interrupções e cancelamentos, afirmou o presidente da Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata), nesta quinta-feira.
A Inglaterra deve deixar a UE em 29 de março, mas a menos de três meses para isso a premiê britânica Theresa May tem fracassado na tentativa de obter apoio para um acordo de saída, aumentando a perspectiva de uma quebra nas relações sem acordo para regulá-las.
"Estamos um pouco preocupados porquer as primeiras diretrizes foram emitidas e, eu creio, representam restrições sobre o tráfego", disse o presidente da Iata, Alexandre de Juniac.
Ele afirmou que as medidas foram baseadas no tráfego entre a UE e a Inglaterra em 2018 e não levam em consideração aumentos planejados de voos para este ano.
Isso vai implicar que no caso de uma saída sem acordo os voos terão que começar a ser ajustados ou mesmo cancelados assim que o tráfego atingir o teto de 2018, disse Juniac.
"Espero que possamos convencer o Reino Unido e as autoridades europeias a serem mais flexíveis", disse ele a jornalistas.
Juniac também disse que não acredita que os aviões ficarão imediatamente impedidos de voar se a UE e a Inglaterra não atingirem um acordo antes de 29 de março.
(Por Alexander Cornwell)