📈 Pronto para levar os investimentos a sério em 2025? Dê o primeiro passo com 50% de desconto no InvestingPro.Garanta a oferta

Iata prevê lucro líquido de cias aéreas 16% menor em 2017, 1a queda em seis anos

Publicado 08.12.2016, 12:21
Atualizado 08.12.2016, 12:30
© Reuters.  Iata prevê lucro líquido de cias aéreas 16% menor em 2017, 1a queda em seis anos
CL
-

GENEBRA (Reuters) - As empresas aéreas devem reportar lucros menores pela primeira vez em seis anos em 2017, com gastos maiores com combustível e obrigações trabalhistas em um cenário de demanda mais fraca, informou a Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês).

A associação, que representa 265 companhias responsáveis por 83 por cento do tráfego aéreo global, prevê que o lucro líquido do setor recue 16 por cento no próximo ano, para 29,8 bilhões de dólares, devido principalmente à alta dos preços do petróleo. Ainda segundo o órgão, as empresas aéreas norte-americanas devem responder por 18,1 bilhões de dólares do total projetado para 2017.

A Iata também cortou a projeção do lucro líquido deste ano para 35,6 bilhões de dólares, o que ainda significa uma máxima recorde, embora abaixo dos 39,4 bilhões de dólares estimados anteriormente.

A expectativa é de que o retorno sobre capital investido recue dos atuais 9,4 por cento para 7,9 por cento no próximo ano. Ainda assim, o índice deve superar o custo de capital em 2017 pelo terceiro ano consecutivo.

Coletivamente, a primeira vez em que o setor conseguiu gerar retorno superior ao custo de capital foi em 2015.

Para Brian Pearce, economista-chefe da Iata, as empresas aéreas reconheceram a necessidade de gerar mais retorno aos investidores, com medidas para usar as aeronaves com mais frequência e maiores índices de ocupação para aumentar a lucratividade.

"Não se trata mais de participação de mercado, mas de como usamos nossos assentos e entregamos um bom retorno sobre o capital investido. É algo que ficará com a indústria e deve impulsionar o desempenho financeiro do setor", explicou Pearce.

CONTRATEMPOS

Após dois anos de fortes resultados, as empresas aéreas se depararam com um cenário mais difícil na segunda metade de 2016. Ataques em aeroportos de populares destinos turísticos na África do Norte e na Europa afetaram a demanda por algumas rotas.

A corrida para aproveitar os preços mais baixos do petróleo, oferecer mais assentos e ganhar clientes também colocou os preços das passagens sob pressão, ameaçando as margens de lucro, especialmente dada a expectativa de recuperação das cotações da commodity.

O retorno médio das tarifas deve cair em quase 11 por cento neste ano, para 363 dólares, ante 407 dólares em 2015, segundo a associação. Em 2017, o valor das passagens deve encolher mais 3 por cento, para 351 dólares, de acordo com a Iata.

Além disso, despesas com encargos trabalhistas também subiram neste ano e devem crescer 1,3 por cento no próximo ano, enquanto a receita por unidade de capacidade seguirá pressionada, completou Pearce.

Na semana passada, a Delta Air Lines cortou a projeção de lucro após concordar com um reajuste salarial de 30 por cento para os pilotos até 2019. No começo do ano, a United Continental concedeu 19 por cento de aumento. Na Europa, os pilotos da Lufthansa entraram em greve para reivindicar reajustes.

(Por Victoria Bryan)

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.