RIO DE JANEIRO (Reuters) - O Ibama deve decidir antes do fim de junho se emitirá licença para a Petrobras (SA:PETR4) iniciar a operação da plataforma P-66, no campo de Lula, módulo de Lula Sul, no pré-sal da Bacia de Santos, informou o órgão federal à Reuters nesta quinta-feira.
Atualmente, a plataforma já está no local, pronta para operar, aguardando apenas o aval do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
A diretora de Exploração e Produção da Petrobras, Solange Guedes, afirmou no mês passado, durante teleconferência com analistas, que a empresa esperava a permissão para o início da produção no local ainda em março.
A plataforma tem capacidade de processar 150 mil barris de óleo por dia (bpd) e 6 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia. A unidade produzirá por dez poços produtores e oito poços injetores.
Questionado pela Reuters sobre o atraso, o Ibama informou nesta quinta-feira que a petroleira teve algumas pendências com o órgão.
"A Petrobras precisava readequar o plano de emergência para vazamento de óleo. Além disso, estavam pendentes informações sobre o comissionamento da plataforma P-66", disse o Ibama em uma nota.
"O Ibama também solicitou esclarecimentos em relação a programas socioambientais, que foram apresentados pela empresa e estão em análise no Instituto."
Em resposta enviada à Reuters, a Petrobras informou que "continua aguardando os trâmites de aprovação da licença de operação junto ao órgão ambiental para dar início à produção na P-66", acrescentando não ter informações sobre a data de emissão da licença.
A P-66 é a primeira unidade flutuante de produção, armazenagem e transferência de petróleo (FPSO, na sigla em inglês) própria do Consórcio de Lula, integrado também por Shell e Petrogal, da portuguesa Galp, a ser instalado no pré-sal da Bacia de Santos.
(Por Marta Nogueira)