Por Paula Arend Laier
SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa passava a trabalhar no azul na tarde desta quinta-feira, puxado principalmente pelo desempenho de blue chips como Vale e Petrobras (SA:PETR4), resistindo ao clima de aversão a risco no exterior.
Às 15:38, o Ibovespa subia 0,37 %, a 100.043,58 pontos. O volume financeiro era de 16,4 bilhões de reais.
Mais cedo, o Ibovespa chegou a 98.561,51 pontos, no pior momento da sessão, pressionado ainda pela decepção com as sinalizações do Federal Reserve na véspera, além de dados ainda ruins da economia norte-americana e incerteza fiscal no Brasil.
Em Wall Street, o S&P 500 ainda caía 1,5%, enquanto o pregão brasileiro buscava recuperação.
Vale ON (SA:VALE3) subia 1,84%, após recuar até 1,4% no começo do dia, com ações de mineração e siderurgia como um todo entre os destaques positivos, em meio a ânimo sobre dividendos no caso da Vale e perspectivas de alta de preços de aço.
A melhora dos preços do petróleo no exterior, onde o Brent avançava 2,77%, também ajudava as ações da Petrobras, com as PNs subindo 1,66% e as ONs em alta de 1,78%.
Ambev (SA:ABEV3) ON, que já atuava como contrapeso, ampliava os ganhos para 5,25%, em meio a perspectiva de melhora nos volumes no terceiro trimestre.
Entre as blue chips, Itaú Unibanco PN (SA:ITUB4) não mostrava muita força, com variação positiva de apenas 0,04%, mas se afastando das mínimas da sessão, enquanto Bradesco (SA:BBDC4) PN tinha acréscimo de 0,24%.
Papéis de varejistas com forte atuação no comércio eletrônico tinham sinal negativo, com Magazine Luiza (SA:MGLU3) ON perdendo 2,14%, enquanto B2W ON (SA:BTOW3) cedia 1,71% e Via Varejo (SA:VVAR3) ON caía 0,88%.
B3 (SA:B3SA3) ON recuava 1,03%, entre as maiores pressões de baixa do Ibovespa, engatando a terceira sessão de queda, e dando continuidade ao ajuste de baixa iniciado em meados de julho, quando o papel atingiu cotação recorde de 69,75 reais.