Por Paula Arend Laier
SÃO PAULO (Reuters) - A Bovespa fechou a sexta-feira no vermelho, alinhada às perdas em Wall Street, diante do declínio dos preços do petróleo e retomada do fortalecimento global do dólar, enquanto o noticiário relacionado à Petrobras voltou a adicionar desconforto nos negócios.
O principal índice da bolsa paulista, contudo, encerrou longe da mínima do dia, com o fortalecimento de ações beneficiadas pela valorização da moeda norte-americana, como as das companhias de papel e celulose, e dos papéis da mineradora Vale.
O Ibovespa cedeu 0,58 por cento, a 48.595 pontos. Na mínima, chegou a recuar 2 por cento. O volume financeiro da sessão somou 7,4 bilhões de reais. Na semana, o principal índice da bolsa paulista perdeu 2,77 por cento.
"O tom da semana foi a deterioração dos cenários político e econômico", disse o gestor Eduardo Roche, da Canepa Asset Management.
"Isso aumentou a aversão ao risco no mercado doméstico, que culminou nesta sexta-feira com rumores de adiamento na divulgação do balanço da Petrobras e saída de Joaquim Levy do ministério da Fazenda, além do clima de incerteza com as manifestações contra e a favor do governo", observou.
"O clima no exterior também foi negativo, o que contribuiu para acentuar o mau humor no Brasil", acrescentou.
O dólar recuperou a trajetória ascendente nesta sessão, diante da expectativa para a reunião do Federal Reserve na próxima semana, o que contribuiu para a queda nas bolsas em Nova York, com o índice S&P 500 recuando 0,61 por cento, também afetado pelo declínio do petróleo.
No mercado brasileiro, o dólar chegou a tocar 3,28 reais na máxima, encerrando o dia a 3,2490 reais, com alta de 2,77 por cento, com agentes também atentos à continuidade dos programas de intervenções diárias do Banco Central no câmbio.
Tal movimento corroborou o avanço de 4,52 por cento de Fibria e de 3,40 por cento de Suzano Papel e Celulose, que contribuíram para amenizar as perdas do Ibovespa na segunda etapa da sessão, sendo que esta última também anunciou pagamento de dividendos. Klabin acompanhou o movimento do setor e subiu 3,72 por cento, reforçando o suporte positivo.
As ações preferenciais da Vale também contribuíram, revertendo perdas iniciais e fechando em alta de 1,10 por cento, após terem recuado 3 por cento no pior momento.
Mas o tom negativo prevaleceu, com Petrobras PN caindo 2,35 por cento, entre outros motivos, pela chance de adiar a divulgação do balanço auditado aventada em reportagem do jornal A Folha de S.Paulo. A empresa afirmou em nota à Reuters que "não cogita o adiamento".
Na mínima, as preferenciais da estatal chegaram a cair 4 por cento. Os papéis ordinários fecharam o dia com declínio de 1,57 por cento. Os preços do petróleo recuaram mais de 4 por cento no exterior.
Os bancos também pressionaram, com os privados Bradesco e Itaú Unibanco respondendo pela maior contribuição negativa, embora com declínios menores, dada a participação expressiva que detêm no Ibovespa, enquanto Banco do Brasil caiu 2,42 por cento.
Braskem experimentou uma trégua e subiu 5,80 por cento nesta sessão, após fortes perdas nos últimos dias com a citação de seu nome em depoimentos da investigação Lava Jato, da Polícia Federal.
Veja as maiores baixas e altas do Ibovespa nesta sexta-feira:
BAIXAS
Ação Preço(R$) Variação
EVEN ON 4,21 -6,86%
CCR RODOVIAS ON 14,05 -4,68%
GOL PN 8,34 -4,14%
COPEL PNB 32,15 -3,4%
LOJAS AMERIC PN 15,7 -3,38%
CEMIG PN 11,75 -3,29%
ESTACIO PART ON 15,47 -3,25%
ECORODOVIAS ON 9 -3,23%
NATURA ON 24,64 -2,99%
COSAN ON 25,59 -2,96%
ALTAS
Ação Preço(R$) Variação
PDG REALT ON 0,41 7,89%
BRASKEM PNA 10,95 5,8%
GAFISA ON 1,9 5,56%
FIBRIA ON 41,61 4,52%
USIMINAS PNA 4,86 4,52%
KLABIN UNT 18,39 3,72%
SUZANO PAPEL PNA 14,28 3,4%
SID NACIONAL ON 5,5 2,8%
ELETROBRAS PNB 6,54 1,87%
ELETROBRAS ON 5 1,83%
Por Paula Arend Laier
SÃO PAULO (Reuters) - A Bovespa fechou a sexta-feira no vermelho, alinhada às perdas em Wall Street, diante do declínio dos preços do petróleo e retomada do fortalecimento global do dólar, enquanto o noticiário relacionado à Petrobras voltou a adicionar desconforto nos negócios.
O principal índice da bolsa paulista, contudo, encerrou longe da mínima do dia, com o fortalecimento de ações beneficiadas pela valorização da moeda norte-americana, como as das companhias de papel e celulose, e dos papéis da mineradora Vale.
O Ibovespa cedeu 0,58 por cento, a 48.595 pontos. Na mínima, chegou a recuar 2 por cento. O volume financeiro da sessão somou 7,4 bilhões de reais. Na semana, o principal índice da bolsa paulista perdeu 2,77 por cento.
"O tom da semana foi a deterioração dos cenários político e econômico", disse o gestor Eduardo Roche, da Canepa Asset Management.
"Isso aumentou a aversão ao risco no mercado doméstico, que culminou nesta sexta-feira com rumores de adiamento na divulgação do balanço da Petrobras e saída de Joaquim Levy do ministério da Fazenda, além do clima de incerteza com as manifestações contra e a favor do governo", observou.
"O clima no exterior também foi negativo, o que contribuiu para acentuar o mau humor no Brasil", acrescentou.
O dólar recuperou a trajetória ascendente nesta sessão, diante da expectativa para a reunião do Federal Reserve na próxima semana, o que contribuiu para a queda nas bolsas em Nova York, com o índice S&P 500 recuando 0,61 por cento, também afetado pelo declínio do petróleo.
No mercado brasileiro, o dólar chegou a tocar 3,28 reais na máxima, encerrando o dia a 3,2490 reais, com alta de 2,77 por cento, com agentes também atentos à continuidade dos programas de intervenções diárias do Banco Central no câmbio.
Tal movimento corroborou o avanço de 4,52 por cento de Fibria e de 3,40 por cento de Suzano Papel e Celulose, que contribuíram para amenizar as perdas do Ibovespa na segunda etapa da sessão, sendo que esta última também anunciou pagamento de dividendos. Klabin acompanhou o movimento do setor e subiu 3,72 por cento, reforçando o suporte positivo.
As ações preferenciais da Vale também contribuíram, revertendo perdas iniciais e fechando em alta de 1,10 por cento, após terem recuado 3 por cento no pior momento.
Mas o tom negativo prevaleceu, com Petrobras PN caindo 2,35 por cento, entre outros motivos, pela chance de adiar a divulgação do balanço auditado aventada em reportagem do jornal A Folha de S.Paulo. A empresa afirmou em nota à Reuters que "não cogita o adiamento".
Na mínima, as preferenciais da estatal chegaram a cair 4 por cento. Os papéis ordinários fecharam o dia com declínio de 1,57 por cento. Os preços do petróleo recuaram mais de 4 por cento no exterior.
Os bancos também pressionaram, com os privados Bradesco e Itaú Unibanco respondendo pela maior contribuição negativa, embora com declínios menores, dada a participação expressiva que detêm no Ibovespa, enquanto Banco do Brasil caiu 2,42 por cento.
Braskem experimentou uma trégua e subiu 5,80 por cento nesta sessão, após fortes perdas nos últimos dias com a citação de seu nome em depoimentos da investigação Lava Jato, da Polícia Federal.
Veja as maiores baixas e altas do Ibovespa nesta sexta-feira:
BAIXAS
Ação Preço(R$) Variação
EVEN ON 4,21 -6,86%
CCR RODOVIAS ON 14,05 -4,68%
GOL PN 8,34 -4,14%
COPEL PNB 32,15 -3,4%
LOJAS AMERIC PN 15,7 -3,38%
CEMIG PN 11,75 -3,29%
ESTACIO PART ON 15,47 -3,25%
ECORODOVIAS ON 9 -3,23%
NATURA ON 24,64 -2,99%
COSAN ON 25,59 -2,96%
ALTAS
Ação Preço(R$) Variação
PDG REALT ON 0,41 7,89%
BRASKEM PNA 10,95 5,8%
GAFISA ON 1,9 5,56%
FIBRIA ON 41,61 4,52%
USIMINAS PNA 4,86 4,52%
KLABIN UNT 18,39 3,72%
SUZANO PAPEL PNA 14,28 3,4%
SID NACIONAL ON 5,5 2,8%
ELETROBRAS PNB 6,54 1,87%
ELETROBRAS ON 5 1,83%