IPCA sobe 0,26% em julho, abaixo das expectativas do mercado
Por Paula Arend Laier
SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa avançava nesta sexta-feira, voltando a superar os 127 mil pontos com ajuda de ações de bancos, a caminho da primeira alta mensal desde agosto do ano passado.
Às 11h08, o Ibovespa, referência do mercado acionário brasileiro, subia 0,41%, a 127.433,82 pontos. Na semana, acumula um avanço de 4,07%. No mês, um ganho de 5,94%.
O volume financeiro nesta sexta-feira somava 2,44 bilhões de reais.
Com a performance da véspera, analistas do Itaú BBA afirmaram que o Ibovespa inicia sua primeira tendência de alta em 2025 no curto prazo e tem potencial de subida em direção a 127.400, 130.900 e 137.469 pontos (máxima histórica).
Do lado da baixa, acrescentaram no relatório Diário do Grafista, o índice encontra suportes em 123.100, 122.000 e 120.400 pontos.
"Depois de pouco mais de quatro meses em queda, o Ibovespa conseguiu engatar a primeira tendência de alta no curto prazo. A dúvida que fica é a força e a intensidade que virá para essa tendência", ponderaram.
Assim, investidores tendem a monitorar ações do governo norte-americano, principalmente envolvendo tarifas comerciais, assim como dados econômicos dos Estados Unidos que ajudem a calibrar expectativas em relação ao Federal Reserve.
No Brasil, divulgações que ajudem a prever os próximos passos do Banco Central no Brasil também devem ocupar as atenções, mas a próxima semana ainda marca o começo da temporada de resultados de empresas do Ibovespa.
DESTAQUES
- BRADESCO PN (BVMF:BBDC4) avançava 1,73% e ITAÚ UNIBANCO PN (BVMF:ITUB4) subia 0,41%, com o setor buscando manter o sinal positivo. BANCO DO BRASIL ON (BVMF:BBAS3) ganhava 0,8% e SANTANDER BRASIL UNIT (BVMF:SANB11) tinha elevação de 0,54%. Na próxima semana, Santander e Itaú reportam seus resultados trimestrais na quarta-feira e Bradesco, na sexta-feira.
- PETROBRAS PN (BVMF:PETR4) tinha variação positiva de 0,16%, tendo como pano de fundo variações modestas nos preços do petróleo no exterior, onde o barril de Brent cedia 0,03%. No setor de petróleo e gás, BRAVA ENERGIA ON mostrava elevação de 3,68%, enquanto PRIO ON (BVMF:PRIO3) mostrava estabilidade e PETRORECONCAVO ON subia 0,75%.
- VALE ON (BVMF:VALE3) cedia 0,42%, após forte valorização na véspera (+4,22%), ainda sem o referencial dos futuros do minério de ferro na China em razão de feriado naquele país. As negociações serão retomadas na próxima quarta-feira. Em Cingapura, o vencimento de referência da commodity registrava declínio de 0,22%.
- VIBRA ON (BVMF:VBBR3) recuava 1,86%. Relatório de analistas do Goldman Sachs (NYSE:GS) cortou recomendação da ação para neutra, bem como o preço-alvo - de 27,40 para 19,50 reais. No setor, ULTRA ON valorizava-se 0,41%, com o banco norte-americano elevando a recomendação do papel para compra, mas reduzindo o preço de 25,10 para 19,70 reais.
- JBS ON (BVMF:JBSS3) valorizava-se 1,28%, buscando reduzir as perdas do mês, em dia positivo no setor de proteínas. MARFRIG ON (BVMF:MRFG3) em alta de 1,01%, BRF ON (BVMF:BRFS3) subindo 0,86% e MINERVA ON (BVMF:BEEF3) apurando acréscimo de 0,2%.
- COSAN ON (BVMF:CSAN3) caía 1,12% em meio a anúncio de oferta de recompra de dívidas no valor de até 900 milhões de dólares. A operação ocorre após o conglomerado vender sua participação na mineradora Vale por 9 bilhões de reais, com uma fonte afirmando à Reuters que os recursos seriam usado abater dívidas.
- AZEVEDO & TRAVASSOS ON (BVMF:AZEV3), que não faz parte do Ibovespa, disparava 9,4%, após anunciar que foram concluídas as etapas preparatórias e obtidas as autorizações para a cisão parcial dos negócios de energia e exploração e produção de petróleo, que passarão a ser concentrados na Azevedo & Travassos Energia.