Paris, 10 jun (EFE).- A imprensa francesa destacou neste domingo os desafios que a Espanha vai enfrentar depois do anúncio da ajuda disponível para seu bancos e que o Governo francês considerou como um "testemunho da solidariedade reforçada entre os países da zona do euro".
Pouco depois de se conhecer a ajuda disponível para a Espanha, o ministro da Economia francês, Pierre Moscovici, assinalou que o pacto constitui também um sinal da vontade europeia de "garantir a estabilidade" de sua moeda.
Jornais como o Le Monde fazem análises e comentários sobre a Espanha, que no caso da edição digital deste vespertino de esquerda o leva a interpretar que o país ibérico se transformou "no novo doente da Europa".
O periódico acrescenta em uma análise que o "milagre econômico" espanhol ocultava "profundos desequilíbrios", enquanto o conservador "Le Figaro", em sua edição digital, se limita a assinalar que "a Espanha vai pedir a ajuda europeia para seus bancos".
Em um dia no qual a atenção informativa na França está centrada na primeira rodada das eleições legislativas, o anúncio da ajuda aos bancos espanhóis merece artigos de explicação de porque se chegou a essa situação.
"A Espanha está imersa em uma crise complexa", acrescenta "Le Figaro", que explica a seus leitores as razões que conduziram a este país a pedir a ajuda financeira de seus parceiros da União Europeia (UE).
"Le Parisien" considera por sua vez que os líderes europeus "enviaram um sinal muito forte aos mercados" e acrescenta que, "uma vez salvo o sistema bancário, a Espanha não sairá no entanto da trilha da crise".
O periódico se refere a que existe no país outra "bomba-relógio" que tem ainda que ser resolvida: "a dívida das autonomias em matéria de saúde. Há dois anos, por causa da crise, muitos hospitais não pagam suas faturas".
O "Journal du Dimanche" traz manchete de maneira descritiva: "Espanha pede a ajuda financeira da Europa", e destaca que o titular de Economia espanhol, Luis de Guindos, evitou a referência a um "resgate" para denominar a ajuda financeira aos bancos. EFE