FRANKFURT (Reuters) - A forte compra de títulos governamentais pelo Banco Central Europeu não deve se tornar uma forma "ilimitada", uma ajuda permanente, aos governos endividados, disse o membro do BCE Jens Weidmann nesta segunda-feira.
O chefe do banco central da Alemanha defendeu as compras "flexíveis" do BCE, que se concentram nas dívidas da Itália, que passa por dificuldades, mas disse que elas deveriam ser apenas temporárias.
"'Flexível' não deveria significar 'ilimitado'", disse Weidmann em uma mensagem gravada. "Mais uma vez, é importante para mim que a política monetária não estabeleça incentivos errados para as finanças públicas."
Ele alertou que a política ultrafrouxa do BCE precisará ser apertada quando as perspectivas econômicas permitirem para evitar que o banco central fique "emaranhado em política" e sobrecarregado.
"As autoridades de política monetária não devem assumir que manteremos os custos de financiamento dos governos baixos para sempre ou que corrigiremos quaisquer diferenças nos prêmios de risco soberano", acrescentou Weidmann.
(Reportagem de Francesco Canepa)