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Índice mostra indefinição ao final de mês volátil com eleições e exterior

Publicado 31.08.2018, 12:53
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Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) - A bolsa paulista tinha uma sessão volátil neste último pregão de agosto, em linha com o movimento visto durante o mês, com pesquisas eleitorais e dados da economia brasileira sob os holofotes e tendo como pano de fundo um quadro externo também sem viés claro nesta sexta-feira.

Às 12:47, o Ibovespa caía 0,13 por cento, a 76.303,35 pontos, próximo da mínima da sessão. Na máxima, mais cedo, o principal índice de ações da B3 subiu 1 por cento.

O volume financeiro somava 3,8 bilhões de reais.

O gestor Marcello Paixão, sócio da administradora de recursos Constância, considerou o movimento mais cedo como uma recuperação após queda de 2,5 por cento na véspera, dado que não houve grandes mudanças no cenário em geral, ponderando ainda ser uma oscilação pequena.

A pauta local incluía pesquisa da XP Investimentos ainda sem mostrar alterações relevantes na corrida presidencial, com o candidato do PSL, Jair Bolsonaro, liderando as intenções de votos em cenário sem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Levantamento do Instituto Paraná realizado no Estado de São Paulo também mostra Bolsonaro à frente quando Lula não aparece como candidato, com Geraldo Alckmin (PSDB), benquisto no mercado, na segunda posição.

Ainda na cena política, investidores estão atentos a uma sessão extraordinária no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nesta sexta-feira, embora a pauta divulgada na quinta-feira não cite qualquer processo ligado à candidatura do ex-presidente Lula.

Da agenda macroeconômica, o Produto Interno Bruto (PIB) do país cresceu 0,2 por cento no segundo trimestre sobre os três meses anteriores, ritmo mais forte desde o terceiro trimestre de 2017 e acima do esperado.

No exterior, Wall Street perdia fôlego, com preocupações sobre questões comerciais envolvendo os Estados Unidos e seus parceiros ainda no radar dos investidores. O S&P 500 recuava 0,15 por cento.

Preocupações com emergentes também continuam no pano de fundo das negociações, com crise financeira da Argentina no foco no momento. O FMI informou nesta sexta-feira que está trabalhando com as autoridades argentinas para fortalecer o programa econômico apoiado pelo fundo no país.

DESTAQUES

- VALE (SA:VALE3) caía 1,3 por cento, maior peso negativo no Ibovespa dado o seu relevante peso na composição do índice, que vai aumentar na nova carteira que entra em vigor a partir de segunda-feira, conforme prévia conhecida na véspera.

- AMBEV (SA:ABEV3) perdia 1,4 por cento, também pressionando o Ibovespa dada a sua fatia na composição, tendo no radar a crise na Argentina, que tem derrubado a cotação do peso. De acordo com cálculos da equipe do BTG Pactual (SA:BPAC11), a cada 10 por cento de desvalorização da moeda, o Ebitda cai 1,2 por cento.

- RUMO avançava 4,9 por cento, após ter o contrato de concessão ferroviária da Malha Paulista prorrogado antecipadamente pela Agencia Nacional de Transporte Terrestre (ANTT), o que analistas avaliam que pode destravar valor na ação da empresa.

- PETROBRAS PN (SA:PETR4) subia 1,5 por cento, apesar da queda do petróleo, tendo no radar divulgação pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) dos novos preços de referência para a comercialização de diesel no Brasil.

- ITAÚ UNIBANCO PN tinha elevação de 0,5 por cento, perdendo fôlego em relação aos ganhos vistos mais cedo, assim como o setor com um todo, com BRADESCO PN (SA:BBDC4) reduzindo a alta para 0,2 por cento, SANTANDER BRASIL UNIT (SA:SANB11) caindo 0,2 por cento e BANCO DO BRASIL (SA:BBAS3) subindo 0,1 por cento.

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- ELETROBRAS ON (SA:ELET3) rondava a estabilidade, também abandonando o avanço visto mais cedo, após vender distribuidoras na Região Norte para o grupo Energisa (SA:ENGI4) e consórcio entre Oliveira Energia e ATEM, em leilão considerado amplamente favorável por representantes do governo, uma vez que as distribuidoras são fortemente deficitárias e apresentam alguns dos piores indicadores de qualidade do setor.

- FIBRIA recuava 2,4 por cento, após renovar cotação máxima intradia histórica na semana passada. A edição desta sexta-feira do jornal Valor Econômico traz que a B3 está investigando movimentação atípica de ações com a companhia. No mês, os papéis acumulavam até a véspera elevação de 9,7 por cento.

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