WASHINGTON (Reuters) - O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, que acaba de fechar um acordo para manter cerca de 1.000 empregos no país, decidirá "no dia-a-dia" se deve intervir junto a outras empresas para impedir que transfiram postos para o exterior, disse o vice-presidente eleito, Mike Pence, neste domingo.
Pence afirmou que o acordo que Trump fez na semana passada para que Carrier, uma unidade da United Technologies (NYSE:UTX), desistisse de passar para o México os postos de trabalho de uma fábrica de ar condicionado em Indiana mostrou que a nova administração irá confrontar as empresas norte-americanas quando necessário e usará uma abordagem de recompensa e punição para evitar que ofertem empregos no exterior.
O acordo com a Carrier incluiu 7 milhões de dólares em redução de impostos para incentivar a United Technologies a manter os trabalhos em Indiana. No início da manhã de domingo, Trump também lembrou no Twitter sua ameaça de campanha de impor uma tarifa de 35 por cento sobre importações de produtos feitos por empresas que tenham transferido a produção para fora dos Estados Unidos.
"Por favor, estejam avisados antes de cometer um erro muito caro", afirmou Trump, dizendo às empresas que os empregos transferidos para o exterior enfrentariam "retaliação ou consequência".
Trump prometeu baixar a alíquota de impostos sobre empresas e reverter regulamentos federais para criar um clima melhor para as companhias no país. Ele está enviando uma mensagem para as empresas que consideram mudar a produção para o exterior dizendo que "as coisas estão realmente mudando", disse Pence no programa "This Week", da rede ABC.
Questionado se Trump iria pegar o telefone para ligar para outras empresas que consideram transferir empregos para fora, Pence disse que "o presidente eleito tomará essas decisões no dia-a-dia".
(Por John Whitesides)