São Paulo, 20 mai (EFE).- A multinacional espanhola de tecnologia e consultoria Indra prevê manter sua expansão internacional com uma aposta principalmente nos mercados de América Latina e do sudeste asiático, disse nesta segunda-feira Emilio Díaz, presidente da companhia no Brasil.
No país, onde atua há 15 anos, a Indra registrou nos últimos anos um crescimento anual de mais de 20%, explicou Díaz à Agência Efe em São Paulo, durante a inauguração do Fórum Efe Café da Manhã, um ciclo de encontros patrocinado pela companhia.
"Nossa aposta no Brasil continua forte", disse o diretor, que explicou que a companhia deverá contratar 500 funcionários no país até o final de ano, chegando a 8.500.
A Indra conta com 18 escritórios em todo o país, onde participa de projetos estaduais e federais e oferece serviços a empresas públicas e privadas em áreas como financeira, energética, de telecomunicações, infraestrutura, segurança e defesa.
"O Brasil é, para nós, o segundo país mais importante depois da Espanha em número de profissionais, volume de faturamento e volume de projetos que realizamos", declarou.
Díaz disse considerar que o desenvolvimento das infraestruturas do Brasil "é vital para continuar com o crescimento econômico" e opinou que o investimento em aeroportos, portos, estradas e ferrovias continuará "por muitos anos".
Na região, a Indra deu ênfase também em Colômbia, Peru e México, por seu desempenho econômico "excelente", segundo disse.
"Estamos com muita presença na América Latina em todos estes países que cito e vamos continuar com uma aposta decidida e grandes investimentos para neles desenvolver nossas capacidades", explicou.
Dentro da estratégia da multinacional, os outros pontos de grande interesse são Malásia e Indonésia, por seu alto ritmo de crescimento, além de outros países da região como Filipinas, Índia e China, afirmou Díaz.
No mapa de operações também ocupam um posto relevante Turquia e África do Sul, disse o diretor.
No primeiro trimestre, as vendas da Indra no mundo todo somaram 728 milhões de euros (R$ 1,91 bilhão), o que representa um aumento de 2% com relação ao mesmo período em 2012, segundo seu último relatório de resultados.
Nesse intervalo, houve queda de 12% na Espanha, uma redução que foi compensada com um aumento de 80% na Ásia, no Oriente Médio e na África, além de uma alta de 10% na América Latina e outra de 2% na Europa e na América do Norte. EFE
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