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"Um crime atroz", diz Conselho Europeu sobre uso de armas químicas na Síria

Publicado 05.09.2013, 10:49
Atualizado 05.09.2013, 11:07

São Petersburgo (Rússia), 5 set (EFE).- O presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, reconheceu nesta quinta-feira a credibilidade dos relatórios de inteligência de alguns países que acusam o regime de Bashar al Assad de ter usado armas químicas, o que qualificou como "um crime atroz contra a humanidade".

Van Rompuy também assinalou que o secretário-geral das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, compartilhará nesta tarde, com os líderes europeus, alguns resultados preliminares da investigação do ataque do último dia 21 realizada pelos inspetores nos arredores de Damasco, onde ocorreu a ação.

Em entrevista coletiva conjunta com o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, na cúpula de líderes do G20, em São Petersburgo, Van Rompuy assinalou que, "neste momento, os analistas em armas químicas trabalham em seu relatório".

"Espero que o secretário-geral da ONU compartilhe conosco hoje algumas informações sobre este assunto", acrescentou o presidente do Conselho Europeu.

Van Rompuy também destacou que "os relatórios de inteligência apresentados por vários países apontam o regime sírio" como os principais culpados pelo uso de armas químicas no último dia 21 de agosto, um ataque que, segundo a oposição síria, teria causado aproximadamente 1,5 mil vítimas.

"Tudo parece indicar que as forças sírias são responsáveis, até porque são as únicas que dispõem dessas armas", completou.

O presidente europeu ressaltou que "a comunidade internacional deve dizer que estes atos são inaceitáveis e que não haverá impunidade", mas esclareceu que a UE é contra o uso da força militar para resolver o conflito da Síria.

"A crise na Síria deve se ajeitar sob os auspícios da ONU. Não pode haver uma solução militar, só uma política", assegurou.

Van Rompuy declarou que a UE está trabalhando para conseguir uma declaração comum sobre uma possível intervenção contra a Síria, e negou que haja grandes divisões neste aspecto.

De acordo com o presidente, neste momento, apenas a França estaria disposta a tomar parte em uma ação militar.

Barroso, por sua parte, pediu à comunidade internacional que alcance um consenso sobre a solução ao conflito sírio e ponha fim à guerra civil nesse país árabe. EFE

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