Investing.com – Otimismo com a JBS (BVMF:JBSS3) foi a regra para analistas após a divulgação de relatório trimestral da multinacional de alimentos, que consideraram o balanço “memorável” e afirmaram que a empresa estaria de “volta aos trilhos”. Nesta quarta-feira, 14, às 10h40 (de Brasília), as ações subiam 4,99%, a R$36,31.
A produtora de carnes anotou lucro líquido de R$1,715 bilhão no 2T24, ante prejuízo registrado em igual intervalo do ano passado de R$263,6 milhões.
De acordo com a XP (BVMF:XPBR31), o balanço foi memorável e deve levar a outra rodada de revisão das projeções relacionadas à empresa. Em relatório divulgado a clientes e ao mercado, os analistas Leonardo Alencar, Pedro Fonseca e Samuel Isaak citam como destaque as operações de aves e suínos, “impulsionadas por custos de ração rentáveis e forte mercado interno, tanto no mercado doméstico quanto no de exportação”.
Os analistas consideraram o operacional forte e acima do esperado, da mesma forma o fluxo de caixa, que teria sido “impressionante”, diante de despesas com juros e ativos biológicos abaixo do esperado. A XP segue otimista com a tese da JBS e entende que “o momentum dos resultados deve permanecer mais forte por mais tempo”.
O banco BTG (BVMF:BPAC11) também teceu elogios à performance registrada pela produtora de alimentos e disse que a empresa estaria “de volta à forma”, considerando a ação como top pick em proteínas. A diversificação teria trazido seus frutos, tendo como driver o impulso do ciclo do mercado avícola. “Com fortes resultados de PPC já divulgados, a Seara roubou a cena”, disse em relatório.
O Ebitda acima do previsto pelo banco – em sua maior leitura trimestral em dois anos – e forte fluxo de caixa também foram ressaltados pelos analistas Thiago Duarte e Guilherme Guttilla. Além disso, os analistas citam queda no índice de alavancagem, que recuou para 3x, mesmo com real mais fraco.
Por outro lado, a carne bovina dos EUA enfrentou dificuldades, mas outras unidades como Austrália e JBS Brasil, estariam “capitalizando a menor oferta de gado nos EUA com aumentos de margem”, completam os analistas, que citam margem recorde na Austrália e a maior margem em quatro anos no Brasil.
Com diversificação “claramente cumprindo o seu papel”, fundamentos cíclicos considerados fortes e trajetória favorável de desalavancagem, os analistas também enxergam espaço para atualizações de lucros de consenso.
Para o Goldman Sachs (NYSE:GS), este foi um “trimestre para lembrar”. Os analistas Thiago Bortoluci e Nicolas Sussmann acreditam “que o debate de mercado agora se concentrará na sustentabilidade de um forte ciclo do frango nos próximos 6 meses”. A recomendação do GS é de compra, com alvo de R$38,70.