CHICAGO (Reuters) - A JBS (SA:JBSS3) anunciou nesta quarta-feira que vai reabrir uma unidade de carne suína no Estado norte-americano de Minnesota, que estava fechada devido à pandemia de coronavírus, para a eutanásia de até 13 mil animais ao dia por produtores, sem que haja o processamento de carnes para consumo.
Produtores nos Estados Unidos têm sido forçados a fazer abates à medida que o espaço para armazenamento começa a se esgotar, já que alguns dos maiores abatedouros do país foram fechados por causa de surtos de coronavírus entre funcionários.
A JBS disse que precisará apenas de 10 a 20 trabalhadores na planta de Worthington, Minnesota --que possui 2 mil funcionários--, para realizar a "eutanásia humanitária" dos porcos, reduzindo os riscos de disseminação do vírus.
As carcaças dos suínos serão processadas, enviadas para aterros, compostadas ou enterradas, segundo a empresa.
Na terça-feira, o presidente dos EUA, Donald Trump, decretou o Ato de Defesa da Produção para exigir que plantas de processamento de carnes permaneçam em funcionamento durante a pandemia, após alertas de uma crescente escassez de oferta.
"O recente fechamento de plantas de carne suína nos EUA e os níveis reduzidos de produção em instalações de processamento de porcos em todo o país deixaram produtores com poucas opções", disse a JBS em comunicado. "A redução populacional humanitária e o descarte adequado são o último e infeliz recurso para alguns produtores."
A unidade da JBS em Worthington interrompeu operações em 20 de abril para conter o avanço do coronavírus. Ela processava 20 mil porcos por dia.
(Reportagem de Tom Polansek)