Por Dietrich Knauth
(Reuters) - Um juiz confirmou nesta terça-feira o acordo de 2,46 bilhões de dólares da entidade Boy Scouts of America (BSA), representativa dos escoteiros nos Estados Unidos, devido a décadas de acusações de abuso sexual.
O juiz distrital Richard Andrews, em Wilmington, Estado norte-americano de Delaware, decidiu que o acordo da BSA, que envolve a criação de um fundo para pagamento aos reclamantes, foi uma iniciativa de boa fé para resolver reivindicações de mais de 80.000 homens que dizem ter sido abusados quando crianças por líderes de tropa.
O juiz rejeitou os recursos de empresas de seguros que argumentavam que a organização de escoteiros conspirou com os reclamantes de abuso para transferir a responsabilidade às seguradoras.
Andrews também rejeitou os apelos de alguns reclamantes de abuso que argumentaram que o acordo os impedia indevidamente de processar organizações que não faziam parte do processo de proteção contra falência, incluindo conselhos locais de escoteiros e o arcebispo de Guam.
O acordo, aprovado no tribunal de falências em setembro, foi apoiado por 86% dos reclamantes de abuso e pelas duas maiores seguradoras da entidade.
A organização de escoteiros disse que está "enormemente grata" aos sobreviventes de abuso que falaram sobre suas experiências e que votaram a favor do acordo.
"Estamos ansiosos pela saída da organização da proteção contra falência em um futuro próximo e acreditamos firmemente que a missão do escotismo será preservada para as gerações futuras", disse a BSA em comunicado.
(Reportagem de Dietrich Knauth)