CAIRO (Reuters) - O Egito vai dobrar para 1 quilômetro a largura da zona de segurança que o país está abrindo na sua fronteira com a Faixa de Gaza, após a ocorrência de alguns dos piores atos de violência contra o Estado desde que o presidente Mohamed Mursi foi deposto no ano passado.
O Egito declarou estado de emergência na área de fronteira depois que pelo menos 33 agentes de segurança foram mortos no mês passado em dois ataques na Península do Sinai, uma região remota, mas estratégica, entre Israel, Gaza e o Canal de Suez.
O país também acelerou planos para criar uma faixa de segurança, até então com 500 metros de largura, na fronteira, retirando casas, árvores e destruindo túneis subterrâneos que, diz o Egito, eram usados para contrabandear armas de Gaza para militantes no Sinai.
"Foi tomada a decisão de aumentar a largura da zona de segurança ao longo da fronteira em Rafah para 1 quilômetro. A decisão se deu depois da descoberta de túneis com comprimento total de 800 a 1.000 metros", disse a Mema, agência oficial de notícias.
Moradores do Sinai dizem que eles dependem do comércio de produtos pelos túneis para sobreviver, e a criação da zona de segurança tem gerado insatisfação.
(Reportagem de Mahmoud Mourad)