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Juros: DIs longos têm 3ª sessão de alta antes de CPI e com risco fiscal

Publicado 09.11.2022, 15:42
Atualizado 09.11.2022, 19:46
© Reuters.  Juros: DIs longos têm 3ª sessão de alta antes de CPI e com risco fiscal

Os juros futuros fecharam a quarta-feira, 9, perto da estabilidade até os vértices intermediários e em leve alta na ponta longa, refletindo o compasso de espera por eventos no Brasil e nos Estados Unidos, que limitou a dinâmica do mercado ao longo de toda a sessão. Mais até do que pelo IPCA amanhã, há grande expectativa pelo índice de inflação ao consumidor (CPI, em inglês) americano, dado o potencial de ajustar as apostas para a política monetária do Federal Reserve. Por aqui, a PEC da Transição que vai acomodar os gastos extrateto em 2023 ainda em discussão e a espera pelos nomes da equipe econômica ajudaram a travar o mercado.

A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2024 encerrou em 13,05%(regular) e 13,07% (estendida), de 13,05% ontem no ajuste, e a do DI para janeiro de 2025 passou de 11,99% para 12,02% (regular) e 12,05% (estendida). A do DI para janeiro de 2027 terminou em 11,90% (regular) e 11,95% (estendida), de 11,85% ontem.

Ainda que o volume de modo geral hoje tenha sido pouco abaixo do padrão recente, as taxas longas completaram três sessões seguidas de avanço. A curva dos Treasuries bem comportada, com yields estáveis ante os níveis de ontem, e o petróleo em queda não foram suficientes para puxar uma correção da alta dos DIs nos últimos dias, em meio às tensões domésticas.

O estrategista-chefe do Banco Mizuho (NYSE:MFG), Luciano Rostagno, lembra que o DI para janeiro de 2026 fechou na sexta em 11,52% e hoje superou 11,80%. "Questões internas não têm autorizado a redução nos prêmios de risco", disse, referindo-se às discussões sobre o Orçamento de 2023 e incertezas sobre quem vai comandar a economia na gestão Lula.

Lula esteve reunido hoje com os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) e com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Na pauta, interesses de ambos os lados: as negociações da PEC da Transição e as eleições internas do Congresso. Nos últimos dias, diferentes valores para acomodar as despesas com as promessas de campanha de Lula em 2023 têm circulado e, desde ontem, o mercado vem trabalhando mais fortemente com a possibilidade de R$ 175 bilhões, aventado hoje também pelo senador Omar Aziz (PSD-AM), que foi indicado pelo PSD para fazer parte da equipe de transição e participou da reunião. "Acho que em torno de R$ 170, R$ 175 bilhões o valor dessa PEC, se não houver emenda ou coisa parecida", disse.

A questão fiscal é vista como um dos principais condicionantes a determinar o período que a Selic deve permanecer em 13,75%, assim como as perspectivas para o juro nos Estados Unidos. O ex-presidente do Banco Central Persio Arida, membro da equipe de transição, disse considerar difícil que um aumento da taxa dos Fed Funds ao nível de 5,0% seja suficiente para debelar a inflação por lá. "Se eu tiver razão e imaginar que os Fed Funds têm de ir para ordem de 6,0% para combater a inflação, é ruim para o Brasil", comentou.

Rostagno, do Mizuho, afirma que a percepção é de que as pressões inflacionárias nos Estados Unidos estão perdendo força, mas é necessário aguardar para ver se o CPI amanhã confirma essa avaliação. "Por enquanto, a curva aponta alta de 55 pontos-base, de alta de juro, para o Fomc de dezembro, com taxa terminal de 5,08%", disse.

Pesquisa do Projeções Broadcast aponta que a mediana das expectativas para o CPI de outubro, amanhã, é de 0,6% para o dado cheio e de 0,5% para o núcleo. As taxas em 12 meses devem ficar em 7,9% e 6,5% respectivamente. Em setembro, eram de 8,2% e 6,6%.

No Brasil, a agenda da quinta-feira traz o IPCA também de outubro, e a mediana das estimativas é de 0,49%, após deflação de 0,29% em setembro.

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