SÃO PAULO (Reuters) - A Justiça de Santa Catarina decidiu nesta semana pela indisponibilidade de bens de envolvidos em um escândalo sobre desvio de verbas da estatal de energia Celesc, em uma liminar que envolveu o candidato à presidência do Conselho de Adminstração da Usiminas, Marcelo Gasparino.
A decisão, emitida pela desembargadora Claudia Lambert de Faria, veio após ação movida no ano passado pelo Ministério Público do Estado em um caso em que afirma que houve desvio de cerca de 224 milhões de reais da Celesc.
Gasparino é um entre 17 réus citados no processo que incluem o vice-governador de Santa Catarina, Eduardo Pinho Moreira.
A decisão foi proferida em 20 de março, mas tornada pública nesta semana, dias antes da assembleia de segunda-feira que elegerá o presidente e membros do Conselho de Administração da Usiminas.
Procurados, representantes de Gasparino em seu escritório em Florianópolis não estavam disponíveis para comentar o assunto. Representantes da Tempo Capital, gestora de recursos responsável pela indicação de Gasparino ao posto de presidente do Conselho da siderúrgica, preferiram não se manifestar.
A votação de 6 de abril foi agendada em meio à intensa disputa de poder na Usiminas entre os grupos controladores Nippon e Ternium, que desde o final de setembro travam batalhas jurídicas em torno da indicação dos administradores da maior produtora de aços planos do país. Representantes da Nippon não comentaram o assunto e a Ternium não pôde se manifestar de imediato.
(Por Alberto Alerigi Jr., edição de Luciana Bruno)