Por Dhirendra Tripathi
Investing.com – As ações da Kering (PA:PRTP) fecharam o pregão com 4,95% de alta nas negociações de Paris na quinta-feira, com a Gucci, sua principal marca, anunciando uma impressionante recuperação em seu 100º aniversário. Os papéis terminaram cotados em U$ 663,90.
A varejista do setor de luxo aproveitou ao máximo a alta da demanda do seu segmento implementando aumentos de preços em marcas selecionadas para superar as pressões de custo. O diretor financeiro, Jean-Marc Duplaix, não descarta mais aumentos para este ano, segundo a Bloomberg.
A Gucci alicerçou a alta de 32% da Kering na receita comparável do quarto trimestre, para 5,41 bilhões de euros (US$ 6,14 bilhões) e, de acordo com a Bloomberg, a maior marca da rede provavelmente verá aumentos de preço-alvo em 2022, depois dos dois aumentos do ano passado. A receita trimestral aumentou cerca de 13% em relação aos níveis pré-pandemia em 2019. A margem operacional do ano aumentou 4,5 pontos percentuais, acima dos 28%.
A receita da própria Gucci aumentou 32% no trimestre, o que a empresa atribuiu ao “intenso calendário de eventos e lançamentos de novos produtos”.
A referência ao 'intenso calendário de eventos' refere-se ao lançamento em setembro da coleção de prêt-à-porter Aria da Gucci que gerou agitação e vendas, ao mesmo tempo em que a atuação de Lady Gaga em House of Gucci também despertava as atenções para a marca.
A Gucci respondeu por 57% da receita do grupo em 2021. A receita da Yves Saint Laurent, a segunda maior marca da Kering, aumentou 47% no último trimestre de 2021.
A Kering teve um desempenho inferior às rivais LVMH e Hermes durante toda a pandemia e investiu pesado na Gucci, em particular no ano passado, para reintroduzir a dinâmica nos negócios da marca e estreitar a lacuna cada vez maior nas avaliações relativas.