Por Caroline Valetkevitch
NOVA YORK (Reuters) - As bolsas dos Estados Unidos fecharam em queda nesta terça-feira, levando o índice Standard & Poor's 500 a marcar o maior declínio em dois meses, diante de crescentes avaliações de que o Federal Reserve pode dar início às altas de juros já em junho.
O índice Dow Jones recuou 1,85 por cento, para 17.662 pontos. O índice S&P 500 teve perda de 1,70 por cento, para 2.044 pontos, a maior queda percentual desde 5 de janeiro. O termômetro de tecnologia Nasdaq caiu 1,67 por cento, para 4.859 pontos.
Os índices Dow Jones e S&P 500 estão em território negativo no ano, com o S&P 500 acumulando perda de 3,5 por cento desde 2 de março.
As inquietações com o Fed levaram o dólar à máxima ante o euro em quase 12 anos, e aumentaram as preocupações de que a moeda norte-americana vai continuar a pesar nos resultados de multinacionais norte-americanas.
O dado mais forte que o esperado do mercado de trabalho nos EUA divulgado na sexta-feira estava em grande parte por trás do nervosismo recente em relação à taxa de juros.
"A questão tem sido o forte relatório de emprego, o que desencadeou temores de uma elevação dos juros pelo Fed mais cedo ou mais agressiva do que havia sido previsto", disse o diretor de investimentos da Solaris Group Tim Ghriskey.
Todos os dez setores do S&P 500 fecharam em queda. Os setores financeiro e de tecnologia caíram mais de 2 por cento cada e foram as maiores influências negativas. As ações do Wells Fargo caíram 2,5 por cento, a 53,29 dólares.
O euro caía 1,4 por cento, a 1,0698 dólares, depois de atingir 1,0691 dólares, o patamar mais baixo em quase 12 anos.
"Para as multinacionais norte-americanas, o que vai ser o custo de proteção e o impacto sobre o crescimento dos lucros?" disse o presidente executivo da Bruderman Brothers Oliver Pursche.