Investing.com – O dólar ficou em ampla alta em relação às principais moedas na sexta-feira, uma vez que as moedas vinculadas às commodities ficaram mais fracas após dados moderados sobre a indústria chinesa terem alimentado temores com a desaceleração da demanda por matérias-primas.
Dados do setor privado mostraram que a atividade manufatureira na China desacelerou, atingindo um baixa de 15 meses em julho.
A leitura preliminar do índice Caixin/Markit de gerentes de compra (PMI) para o setor de manufatura caiu para 48,2, de uma leitura final de 49,4 em junho. Foi a menor leitura desde abril de 2014.
Os dados fracos indicaram que o crescimento na China, o maior consumidor mundial de matérias-primas, continua lento.
O dólar australiano atingiu uma baixa de seis anos, com AUD/USD atingindo baixas de 0,7260, antes de ser negociado em 0,7280, uma queda de 1,02% para o dia.
O dólar neozelandês também caiu, com NZD/USD recuando 0,47%, para 0,6575 no final do pregão.
No final do pregão, na sexta-feira, o euro ficou inalterado, com EUR/USD em 1,0984. O dólar norte-americano caiu em relação ao iene, com USD/JPY recuando 0,08%, para 123,80.
O índice do dólar, que mede a força do dólar norte-americano em relação à cesta das seis principais moedas, ficou em 97,34 no final do pregão, reduzindo as perdas da semana em 0,65%.
Nos EUA, os dados de sexta-feira mostraram que as vendas de imóveis novos atingiram uma baixa de sete meses em junho, ao passo que outro relatório mostrou que a atividade industrial subiu neste mês.
O Departamento de Comércio informou que as vendas de imóveis novos caíram 6,8% no mês passado, para uma taxa anual de 482.000 unidades, o nível mais baixo desde novembro.
Os números de maio foram revistos para uma queda de 517.000 unidades, de 546.000 relatados anteriormente.
Um relatório separado mostrou que o PMI industrial Markit subiu 53,8 neste mês, de 53,6 em junho, o ritmo mais lento desde outubro de 2013.
Os dados mistos surgiram uma vez que os investidores estavam voltando sua atenção para o próximo anúncio da política do Banco Central dos EUA (Fed) na quarta-feira, em meio às atuais especulações sobre o momento de um aumento inicial das taxas de juros.
Na sexta-feira, o Fed publicou equivocadamente um apontador de projeção interno sobre um aumento da taxa em 25 pontos-base final deste ano.
O dólar tem sido impulsionado pelas expectativas de que o banco central dos EUA poderia aumentar as taxas em setembro, se a economia continuar melhorando como o esperado.
Os EUA devem publicar uma estimativa inicial sobre o crescimento no segundo trimestre na quinta-feira.
Enquanto isso, a zona do euro deve divulgar dados sobre a inflação ao consumidor e a taxa de desemprego na sexta-feira. Os investidores vão também acompanhar os progressos nas negociações de resgate da Grécia.
Antecipando-se à próxima semana, a Investing.com compilou uma lista desses e de outros eventos significativos que podem afetar os mercados.
Segunda-feira, 27 de julho
Na zona euro, o Instituto Ifo deve publicar um relatório sobre o clima no ambiente de negócios alemão.
Os EUA devem divulgar dados sobre os pedidos de bens duráveis.
Terça-feira, 28 de julho
O Reino Unido deve divulgar dados preliminares sobre o crescimento econômico do segundo trimestre.
Os EUA devem divulgar um relatório sobre a confiança do consumidor.
Quarta-feira, 29 de julho
O Japão deve produzir dados oficiais sobre as vendas no varejo.
O Grupo Gfk deve divulgar um relatório sobre o clima no ambiente de negócios alemão.
O Reino Unido deve publicar dados sobre o financiamento líquido a pessoas físicas.
Os EUA devem publicar um relatório sobre as vendas de imóveis residenciais usados.
No final do dia, na quinta-feira, o Banco Central dos EUA (Fed) deve anunciar sua mais recente decisão sobre a política monetária e publicar sua declaração de taxa.
Quinta-feira, 30 de julho
O presidente do Banco Central da Austrália, Glenn Stevens, deve fazer um pronunciamento em um evento em Sydney. Ao mesmo tempo, a Austrália deve divulgar um relatório sobre os alvarás de construção e preços de importação.
A Suíça deve publicar seu barômetro econômico KOF.
Na zona do euro, a Alemanha e a Espanha devem divulgar dados preliminares sobre a inflação ao consumidor. A Espanha também deve divulgar dados preliminares sobre o crescimento do segundo trimestre e a Alemanha deve divulgar dados sobre a alteração na quantidade de pessoas empregadas.
No final do dia, na quinta-feira, os EUA devem produzir dados preliminares sobre crescimento do segundo trimestre e o relatório semanal sobre novos pedidos de seguro-desemprego.
Sexta-feira, 31 de julho
O Japão deve publicar números sobre as despesas domésticas e a inflação.
A Nova Zelândia deve publicar um relatório sobre a confiança empresarial.
A Austrália deve divulgar dados sobre o índice de preços ao produtor.
A zona do euro deve produzir dados preliminares sobre os preços ao consumidor, bem como um relatório sobre a taxa de desemprego. Enquanto isso, a Alemanha deve publicar um relatório sobre as vendas no varejo.
O Canadá deve publicar seu relatório mensal sobre o crescimento econômico.
Os EUA devem resumir a semana com dados revisados sobre o sentimento do consumidor e um relatório sobre a atividade de negócios na região de Chicago.