O MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts) atualizou a lista das 20 empresas mais inovadoras do Brasil. Tirou 12 negócios da relação anterior e deu lugar a marcas como Ambev (BVMF:ABEV3) e O Boticário. Passou a fazer parte também, no time de estatais, a Itaipu Binacional.
Os setores de tecnologia, seguro, finanças e eletricidade foram os que mais apareceram. Entre os empreendimentos que o levantamento manteve na lista estão o IFood, Bradesco (BVMF:BBDC4) Seguros e Vivo.
Eis as companhias:
- Alelo (tecnologia especializada em pagamento);
- Ambev (atua no setor de cervejas e bebidas);
- Boston Scientific (tecnologia na área da saúde);
- O Boticário (atua no setor de cosmético e perfumaria);
- Bradesco Seguros S/A (setor de seguros);
- Brasilprev (setor de seguros);
- Generali (BIT:GASI) (setor de seguros);
- Gerdau (BVMF:GGBR4) (produtora de aço);
- IFood (tecnologia especializada em delivery on-line);
- Itaipu Binacional (usina hidrelétrica —estatal);
- Mobiup (tecnologia de software);
- NTT DATA (serviços e consultoria de tecnologia da informação);
- Oxygea Ventures (marketplace de conexão entre fornecedores e varejistas);
- Petrobras (BVMF:PETR4) (exploração, desenvolvimento e produção de petróleo—estatal);
- SAS Brasil (startup social e instituição de saúde do Terceiro Setor);
- Teleperformance CRM (tecnologia na gestão de relacionamento com o consumidor);
- TIM (BVMF:TIMS3) S.A (telecomunicação);
- Vibra Energia (BVMF:VBBR3) (distribuidora de combustíveis) ;
- VLI (empresa de logística);
- Vivo (telecomunicação).
A MIT Technology Review Brasil, versão brasileira da Technology Review, plataforma de conteúdo do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts), é a responsável pelo estudo. É a 3ª edição da pesquisa, que avaliou 2.000 empresas no Brasil este ano. Os negócios foram colocados em ordem alfabética.
André Miceli, CEO da MIT Technology Review Brasil e coordenador da pesquisa, diz que o estudo percebeu um padrão entre as empresas que ganharam destaque na lista. Segundo ele, os empreendimentos se mostraram dispostos a “destruir e reconstruir o seu próprio negócio” visando a inovação.
“Apesar de vermos, constantemente, a lista ser atualizada, há uma estabilidade no avanço do processo de inovação, com os índices se mantendo praticamente estáveis. Isso demonstra que as empresas que têm o processo de inovação, de alguma maneira estabelecido, têm repetido práticas e isso tem gerado um contágio dessas ações”, explicou Miceli.
Metodologia
Para chegar ao resultado, as empresas foram divididas por segmento de atuação e analisadas sob 4 perspectivas diferentes: gestão, marketing, processos e produtos. A avaliação das empresas é feita de maneira categorizada por setor de atuação e tamanho.
“Um ponto importante é o amadurecimento do modelo de inovação aberta no geral, seja através de consultorias que buscam startups que se conectam ao ecossistema da empresa ou de práticas de corporate venture capital. No que diz respeito à diversidade, as empresas entenderam o que de fato funciona nesse aspecto”, disse o coordenador da pesquisa.
A partir da análise, a Innovative Workplaces divulgou as médias gerais de inovação das empresas, que vão de 1 a 5. No ranking 2024, a média foi:
- data decisioning (tomada de decisão): 4,08 (+0,06 em relação a 2023);
- diversidade: 4,3 (+0,07);
- gestão e cultura: 4,49 (+0,08);
- marketing e vendas: 4,26 (-0,01%);
- open Innovation: 4.18 (+0,03);
- processos: 3,99 (+0,10%);
- produtos e serviços: 4,39 (+0,10).