SÃO PAULO (Reuters) - A LGT Hub, de dois sócios da construtora Longitude, que opera no interior paulista, deu partida no que pode ser a primeira captação de recursos no mercado por meio de financiamento coletivo, ou crowdfunding, regulamentado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Com sede cidade de Indaiatuba, na região de Campinas, a LGT Hub pediu registro de companhia aberta da CVM nesta segunda-feira.
"Estamos montando a estrutura necessária para fazer captação", disse à Reuters o diretor-executivo da Longitude, Guilherme Bonini, um dos sócios principais da empresa. "A ideia é fazer via crowdfunding".
O projeto que será alvo da captação de recursos é o Alto Rio Preto Residencial, na cidade de São José do Rio Preto. O lançamento da captação deve acontecer após divulgação de instrução da CVM.
Estrutura normalmente usada para arrecadar recursos para artistas, campanhas políticas e filantropia, o crowdfunding ainda não é regulamentado no país.
A CVM concluiu no fim do ano passado uma audiência pública sobre o tema, num passo que normalmente precede uma instrução normativa, que deve ser divulgada ainda neste ano.
O crowdfunding em geral estipula uma meta de arrecadação que deve ser atingida para execução do projeto. Se os recursos arrecadados forem inferiores à meta, o projeto não é financiado e o montante devolvido aos doadores.
Segundo Bonini, a estrutura de uma possível captação da LGT ainda não foi concluída.
A Longitude desenvolve empreendimentos residenciais e comerciais em 14 cidades do interior paulista, incluindo Campinas, Itu, São José do Rio Preto, Ribeirão Preto e Limeira.
(Por Aluísio Alves)