Por Tim Cocks
JOANESBURGO (Reuters) - O presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, prometeu nesta quarta-feira ajudar as vítimas de devastadoras enchentes na costa leste do país, enquanto o número de mortos aumentou para 259, após chuvas pesadas que inundaram estradas e interromperam os fretes em um dos principais portos do continente africano.
Ramaphosa visitou as famílias que perderam entes queridos na província de KwaZulu-Natal, incluindo uma família com quatro crianças, após enchentes e deslizamentos destruírem suas casas na terça-feira.
A costa sudeste da África está na linha de frente de sistemas climáticos marítimos que, segundo cientistas, estão ficando mais intensos por conta do aquecimento global, quadro que pode se agravar ainda mais nas próximas décadas.
"Vocês não estão sozinhos... Nós iremos fazer tudo que podemos para ver como poderemos ajudar", disse Ramaphosa. "Embora seus corações estejam sofrendo, estamos aqui para ajudá-los."
Nonala Ndlovu, chefe do Departamento de Governança Cooperativa de KwaZulu-Natal, disse à Reuters na noite de quarta-feira que o número de mortos não havia sido atualizado além dos 259 que foram reportados durante o dia.
Moçambique, país vizinho ao norte da África do Sul, sofreu uma série de enchentes devastadoras ao longo da última década, incluindo uma no mês passado, que matou mais de 50 pessoas.
"Vocês estão lutando contra um dos maiores incidentes já vistos, e pensamos que isso aconteceria apenas em outros países, como Moçambique ou Zimbábue", disse Ramaphosa às vítimas.