SÃO PAULO (Reuters) - A Light anunciou nesta quarta-feira que teve lucro líquido de 15,3 milhões de reais no segundo trimestre, queda de 73,8 por cento ante mesmo período de 2013, impactada por aumento com custos com compra de energia da distribuidora.
No segmento de geração, a empresa foi penalizada porque teve de recorrer ao mercado de energia para garantir o cumprimento de contratos com clientes, já que as hidrelétricas têm gerado menos energia para poupar o nível dos reservatórios devido à estiagem.
O resultado operacional pelo Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação) da empresa que atua em geração, distribuição e comercialização de eletricidade foi de 239 milhões de reais, queda anual de 13,9 por cento.
Analistas consultados pela Reuters esperavam lucro líquido de 57,7 milhões de reais e Ebitda de 246,5 milhões de reais.
No trimestre, os custos e despesas não gerenciáveis da empresa foram de 1,08 bilhão, alta de 15,8 por cento ante mesmo período de 2013, explicada principalmente pelo aumento com custo de compra de energia. Nesse resultado, a Light contemplou o repasse de recursos por meio da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) à distribuidora, referente a abril e maio, de 224,3 milhões de reais.
A receita líquida do trimestre somou 1,6 bilhão de reais, 1,4 por cento acima da receita apurada há um ano.
PERDAS E CRESCIMENTO DE MERCADO
A distribuidora do grupo, que atua no Rio de Janeiro e tem entre os principais desafios o combate a furto de energia, fechou o trimestre com índice de perdas não-técnicas de energia de 41,9 por cento do faturado no mercado de baixa tensão, que inclui as residências.
O índice representa redução de 2,3 pontos percentuais ante período de 12 meses findo em junho de 2013.
Já o consumo total de energia na área de concessão da distribuidora aumentou 3 por cento, impulsionado pelo segmento residencial, cujo crescimento da demanda por energia foi de 8 por cento ante mesmo período de 2013.
(Por Anna Flávia Rochas)