RIO DE JANEIRO (Reuters) - A varejista Lojas Americanas (SA:LAME4) teve lucro líquido ajustado de 26,3 milhões de reais no terceiro trimestre, queda de 60,9 por cento na comparação anual.
O resultado foi pressionado pelo aumento do CDI, disse à Reuters o diretor de Relações com Investidores da varejista, Murilo Correa. O resultado financeiro ficou negativo em 241,6 milhões de reais, aumento anual de 48 por cento.
A receita líquida consolidada da empresa foi 10,5 por cento maior, a 4,036 bilhões de reais, com aumento de 9 por cento das vendas mesmas lojas (abertas há mais de 12 meses).
O Ebitda (sigla em inglês para lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado subiu 10,3 por cento na mesma base, para 526 milhões de reais.
"Agora a gente parte para o quarto trimestre, o mais importante. Grande parte da geração de caixa vem deste período, até agora a gente continua muito otimista que o Natal vai gerar muitos frutos em termos de fechamento do ano", disse Correa.
Além do Natal, o trimestre inclui a Black Friday, que oferece descontos em produtos na última sexta-feira de novembro, o que em alguns casos acaba antecipação compra do final de ano.
A companhia vai perseguir o cumprimento de metas mesmo com a crise, afirmou, realçando que o plano de abertura de 800 novas lojas até 2019 está mantido.
"Não tem mudança nenhuma. Este ano a gente estima ficar em torno de 100 lojas; já inauguraramos 53 e temos contratadas outras 50", afirmou.
Ele acrescentou que a estrutura de dívida das Lojas Americanas está controlada e que os pontos de vendas são abertos sob a certeza de que terão desempenho dentro das expectativas.
No ano passado, a empresa anunciou contrato com a BradesCard para a oferta conjunta de cartões de crédito nas lojas, base para a criação de uma promotora de crédito.
"Os primeiros sinais da promotora indicam potencial da rede em termos de oferta. Algumas lojas já performando mais de 20 por cento do cartão da Americanas do total de cartões", afirmou.
(Por Juliana Schincariol)