Por Noreen Burke
Investing.com - Os preços do petróleo subiam na segunda-feira (25), à medida que mais países continuaram diminuindo gradualmente as restrições de bloqueio de coronavírus, aumentando as perspectivas de demanda para o combustível, mas os ganhos no comércio foram diminuídos por feriados.
Os mercados dos EUA permaneceram fechados na segunda-feira para o feriado do Memorial Day, enquanto os mercados no Reino Unido foram fechados para o feriado bancário da primavera.
Os contratos futuros do petróleo dos EUA subiam 30 centavos de dólar, ou 0,9%, para US$ 33,55 por barril às 11h50 (horário de Brasília).
O petróleo Brent estava em US$ 35,34 por barril, alta de 0,6%.
"Os mercados de petróleo estão focados nas medidas para facilitar as medidas de bloqueio", disse Michael McCarthy, estrategista-chefe de mercado da CMC Markets, em Sydney.
Os preços continuaram a ser sustentados por cortes na oferta depois que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados, grupo conhecido como Opep +, chegou a um acordo no mês passado para limitar a produção em meio a um excesso de oferta global. No entanto, o grupo também está à sombra de dúvidas sobre as perspectivas da demanda a longo prazo, suscitadas pelo potencial da pandemia de mudar os hábitos de consumo para sempre.
"Na ausência de políticas governamentais fortes, uma recuperação econômica sustentada e os baixos preços do petróleo provavelmente levarão a demanda global de volta para onde estava", disse à Bloomberg o chefe da Agência Internacional de Energia, Fatih Birol, em entrevista publicada na segunda-feira.
O Seevol.com divulgou segunda-feira uma queda de 4,26 milhões de barris em estoque na semana passada em Cushing, Oklahoma, o ponto de entrega do petróleo WTI. Foi a terceira queda semanal consecutiva.
Os traders de energia estavam de olho nas crescentes tensões entre os EUA e a China, os maiores consumidores de petróleo do mundo, sobre as medidas de Pequim para impor uma legislação de segurança em Hong Kong.
Os laços entre Washington e Pequim se complicaram desde o surto da pandemia de coronavírus. O presidente Donald Trump e o presidente Xi Jinping trocaram farpas durante o surto, incluindo acusações de encobrimento e falta de transparência.
--Com contribuição da Reuters