A Black Friday chegou! Não perca até 60% de DESCONTO InvestingProGARANTA JÁ SUA OFERTA

ANP pede explicação a distribuidoras sobre repasse menor de preços da gasolina

Publicado 27.11.2018, 20:23
© Reuters. .
GLEN
-
CSAN3
-
PETR4
-

RIO DE JANEIRO (Reuters) - As principais distribuidoras de combustíveis no Brasil terão até 15 dias para responder à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) sobre repasses de cortes no preço da gasolina nos postos, que têm ficado inferiores às reduções implementadas pela Petrobras (SA:PETR4) em suas refinarias.

O preço médio da gasolina praticado pela Petrobras nas refinarias acumula queda de quase 20 por cento em novembro, enquanto nos postos a redução medida pela ANP foi de 3,29 por cento, entre o final do mês passado e a última semana.

"Dessa forma, foi observada a redução significativa de preços da gasolina A pela Petrobras, sem que essa decisão tenha chegado ao consumidor final", disse a ANP.

O pedido, segundo informou a ANP em um comunicado à imprensa nesta terça-feira, atende à atribuição legal da autarquia de zelar pela proteção do consumidor quanto a preços, qualidade e oferta de produtos.

Em nota, a ANP reiterou que tem adotado várias medidas para dar maior transparência à formação de preços e solicitado informações dos agentes periodicamente.

Tal movimento se intensificou após os protestos de caminhoneiros contra a alta dos preços do diesel, no primeiro semestre.

A Petrobras tem informado que o preço de sua gasolina responde por cerca de um terço do valor final nas bombas, sobre o qual recaem tributos, a mistura obrigatória de etanol anidro e a estratégia comercial de distribuidoras e revendedoras, segmentos que podem estar recompondo margens, considerando a defasagem no repasse.

A principal distribuidora de gasolina no Brasil é a BR , controlada pela própria Petrobras, que respondeu por 24,14 por cento de participação nas vendas no primeiro semestre deste ano, segundo dados publicados anteriormente pela ANP.

Em segundo lugar está a Raízen, controlada pela Cosan (SA:CSAN3) e pela Shell , com 20,25 por cento no mesmo período, e em terceiro está a Ipiranga, do Grupo Ultra , com 19,34 por cento.

As demais distribuidoras de gasolina no Brasil não responderam por mais de 5 por cento das vendas na primeira metade do ano.

Embora o setor de distribuição seja altamente concentrado em poucas companhias, vem atraindo interesse de multinacionais ultimamente.

A francesa Total anunciou na semana passada que concordou em comprar o negócio de distribuição do Grupo Zema no Brasil.

A movimento da Total se seguiu ao de outras empresas multinacionais no setor de combustíveis. A holandesa Vitol adquiriu 50 por cento da empresa de distribuição de combustíveis Rodoil, em outubro, enquanto a suíça Glencore (LON:GLEN) levou 78 por cento da Ale Combustíveis, também neste ano.

COMENTÁRIOS

A Plural, associação que representa as distribuidoras no Brasil, afirmou que não comentaria o assunto.

Por telefone, o presidente da Fecombustiveis, Paulo Miranda, disse à Reuters que os postos no Brasil trabalham com bastante concorrência e que as margens são tradicionalmente pequenas.

"No varejo tem competição muito grande, o que não acontece com o atacado", afirmou, destacando que os postos são também muito fiscalizados.

Procurada, a BR informou que recebeu o pedido de esclarecimentos da ANP e vai trabalhar para responder dentro do prazo.

Já a Raízen disse que não comentaria o tema.

A Ipiranga, por sua vez, disse que não havia recebido qualquer pedido de esclarecimentos da ANP em relação à sua prática de preços e, por isso, não poderia comentar.

© Reuters. .

"De todo modo, a empresa ressalta que opera em regime de livre iniciativa e concorrência, de acordo com a Lei 9478/97, sem exercer nenhuma interferência na determinação do 'preço-bomba'. A Ipiranga reforça que preza pela ética e transparência em todas as suas ações e relações."

(Por Marta Nogueira)

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.