LONDRES (Reuters) - O lucro da petroleira BP praticamente triplicou no primeiro trimestre de 2017 ante um ano antes, sustentado pela alta dos preços do petróleo por uma produção que atingiu máxima de cinco anos, enquanto a dívida da companhia aumentou para pagar aquisições e gastos com o vazamento de petróleo no Golfo do México em 2010.
A companhia juntou-se às rivais Exxon Mobil (NYSE:XOM), Chevron e Total, que também registraram resultados melhores que os esperados no trimestre.
Os preços do petróleo subiram 50 por cento no último ano para cerca de 54 dólares por barril no primeiro trimestre.
A BP espera que os preços fiquem na média de 50 a 55 dólares por barril em 2017, com tendência de atingir a faixa superior da meta se os países da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e outros grandes produtores prolonguem seu acordo de corte de produção para o segundo semestre disse o diretor-financeiro Brian Gilvary à Reuters.
A BP teve um lucro líquido de 1,151 bilhão de dólares no trimestre, excedendo a previsão média de analistas de 1,26 bilhão. No primeiro trimestre de 2016, o lucro havia sido de 532 milhões de dólares.
O fluxo de caixa operacional da companhia no trimestre subiu para 2,1 bilhões de dólares, ante 1,9 bilhão um ano antes, mas foi afetado por pagamento de multas relacionadas ao explosão da sonda Deepwater Horizon e vazamento de petróleo no Golfo do México.
A BP fez uma baixa contábil de 161 milhões de dólares no primeiro trimestre relacionada ao vazamento. Os pagamentos totais estão projetados de 4,5 bilhões até 5,5 bilhões de dólares neste ano.
(Por Ron Bousso e Karolin Schaps)