Por Christina Amann e Christoph Steitz
BERLIM/FRANKFURT (Reuters) - A Volkswagen (ETR:VOWG) planeja reduzir em um quinto os custos com pessoal administrativo em sua marca, informou a gerência à equipe em um memorando visto pela Reuters nesta quarta-feira, acrescentando que isso acontecerá por meio de aposentadoria parcial e antecipada, em vez de demissões.
A meta faz parte do esforço da Volkswagen para cortar os custos da marca VW em 10 bilhões de euros (10,8 bilhões de dólares) até 2026, tendo advertido anteriormente que os altos custos e a baixa produtividade estavam tornando seus carros de passeio não competitivos.
Como outras montadoras, a Volkswagen foi atingida por inflação, concorrência feroz da Ásia e altos custos de mão de obra e energia na Alemanha, exigindo cortes maciços de custos para não ficar ainda mais atrás de seus rivais, incluindo a Tesla (NASDAQ:TSLA).
"O que está absolutamente claro é que precisaremos operar com menos pessoas em muitas áreas da Volkswagen no futuro", disse o presidente-executivo da marca VW, Thomas Schaefer, aos funcionários, de acordo com o memorando interno.
"Isso não significa mais trabalho para menos pessoas, mas sim abandonar velhos hábitos e dizer não à duplicação de esforços e ineficiências", afirmou.
Outras iniciativas incluem redução dos ciclos de produtos de 50 meses para 3 anos, diminuição dos tempos de produção em geral e eliminação de uma nova unidade planejada de 800 milhões de euros em Wolfsburg, segundo o memorando.
As ações da Volkswagen, que tiveram desempenho inferior ao do setor automobilístico como um todo este ano, ampliaram seus ganhos após a notícia, sendo negociadas com alta de 4,6% às 11h06 (horário de Brasília). As ações haviam subido anteriormente, após resultado positivo de uma auditoria na unidade de propriedade conjunta da Volkswagen em Xinjiang, na China.