Londres, 15 out (EFE).- O Reino Unido anunciou nesta terça-feira que, por enquanto, não expedirá novas licenças para a exportação à Turquia de armas que possam ser utilizadas na ofensiva militar contra as milícias curdas na Síria, mas os fabricantes britânicos poderão continuar a vendê-las sob as permissões já existentes.
O ministro das Relações Exteriores britânico, Dominic Raab, garantiu no Parlamento que o governo manterá as exportações à Turquia "sob uma revisão contínua e detalhada".
"Estamos profundamente decepcionados com a decisão da Turquia" de lançar uma ofensiva contra os curdos no nordeste da Síria, declarou Raab.
Segundo o chanceler, diante da atual situação, o Reino Unido necessita "mais do que nunca" colaborar de maneira estreita "com os seus parceiros internacionais, ou seja, com os Estados Unidos e com a União Europeia".
O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, se reuniu nesta terça-feira com o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, no escritório oficial de Downing Street.
Após a reunião, Stoltenberg se disse "profundamente preocupado com as consequências" da ofensiva turca na Síria, "tanto pela luta contra o (grupo jihadista) Estado Islâmico, como pelo sofrimento humano e pela estabilidade na região".
Perguntado sobre a suspensão da venda de armas à Turquia - já anunciada por diversos países -, o chefe da aliança ressaltou que esse passo "reflete que muitos aliados da Otan são muito críticos e condenaram as operações militares no norte da Síria".