Por Senad Karaahmetovic
O principal estrategista de ações americanas do Morgan Stanley (NYSE:MS) (BVMF:MSBR34), Michael Wilson, continuou recomendando que os investidores mantenham posições defensivas, apesar da possibilidade de um rali contra a tendência.
O estrategista acredita que é “prematuro” sair da defensiva, pelo menos até que “uma recessão seja confirmada ou o risco de que uma aconteça desapareça”.
“Como o crescimento do lucro deve cair forte nos próximos trimestres, o risco de um ciclo no mercado de trabalho está aumentando, em nossa visão, e essa é a única métrica que acreditamos ser importante para determinar se entraremos ou não em uma recessão”, disse Wilson em nota aos clientes.
Ele também comentou que a maioria dos investidores ainda não tem posições defensivas, o que abre espaço para um potencial maior de alta nesses setores, “à medida que os resultados começam a ser cortados”.
“O consenso prevê um forte crescimento do faturamento, mas obstáculos nas margens, com expectativa de variação negativa na margem líquida ano a ano, prejudicam o crescimento geral do LPA. Dito isso, essa dinâmica de pressão na margem deve ter vida curta, e a expectativa é que as margens contribuam positivamente para o crescimento do LPA após o 2º tri. Estamos céticos em relação a esse front, em vista da miríade de pressões de custo que as empresas estão enfrentado, além do risco de desaceleração da demanda”, acrescentou Wilson.
O estrategista também lembrou os clientes que a amplitude das revisões de resultados está em território negativo, razão pela qual acredita que as estimativas de LPA estão muito elevadas.
“Esse movimento de baixa na amplitude das revisões acelerou na semana passada, e o indicador está agora no nível mais baixo desde julho de 2020”, concluiu Wilson.