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Com licença do BC, Mercado Livre acelera aposta em serviços financeiros

Publicado 01.11.2018, 19:49
© Reuters. Sede do Banco Central do Brasil em Brasília
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Por Aluisio Alves

SÃO PAULO (Reuters) - A Mercado Livre vai ampliar o catálogo de produtos financeiros a pessoas e pequenas empresas após ter recebido aval para atuar como instituição de pagamentos, à medida que sua unidade Mercado Pago ganha crescente relevância nos resultados do grupo.

Com a licença recebida do Banco Central nesta quinta-feira, o maior grupo de comércio eletrônico da América Latina passará a oferecer diretamente serviços como empréstimos, que hoje faz por meio de instituições financeiras, disse à Reuters o vice-presidente de operações da empresa, Stelleo Tolda.

"Poderemos, por exemplo, ter uma conta com remuneração financeira, como já fazemos na Argentina", disse Tolda, citando também empréstimos a pequenos lojistas e a pessoas físicas. A conta permite ainda serviços como pagamento de boletos, carregar bilhetes de vale-transporte, e créditos para celulares pré-pagos e envio de recursos para terceiros.

"O mercado de serviços financeiros é muito carente em toda a América Latina e queremos democratizar o acesso", disse Tolda.

A empresa com sede na Argentina, e com operações em 18 países da América Latina incluindo Brasil, anunciou nesta quinta-feira que o volume transacionado via Mercado Pago, que inclui adquirência de cartões, somou 4,6 bilhões de dólares no terceiro trimestre, alta de 24,1 por cento ante mesma etapa de 2017.

Na plataforma de comércio eletrônico, o volume bruto de vendas (GMV, na sigla em inglês) foi de 3 bilhões de dólares, com um aumento de 27,9 por cento em moeda constante ano a ano. Mais cedo, a rival nacional B2W (SA:BTOW3) divulgou que o GMV do terceiro trimestre cresceu 23,7 por cento ano a ano, para 3,6 bilhões de reais.

A receita líquida da companhia de julho a setembro somou 355,3 milhões de dólares, um aumento de 16,5 por cento no comparativo anual, com destaque para o Brasil, seu principal mercado, que teve alta de 25 por cento.

© Reuters. Sede do Banco Central do Brasil em Brasília

Ainda assim, o Mercado Livre teve no trimestre um prejuízo líquido de 10,1 milhões de dólares, após ter tido lucro líquido de 27,67 milhões de dólares um ano antes. Na base sequencial, porém, o prejuízo foi 61 por cento menor.

Tolda disse que a companhia está cumprindo um plano de investimento de cerca de 2 bilhões reais previsto para 2018, com boa parte dos recursos sendo empregado em centros de distribuição e em logística, para agilizar as entregas, além de marketing.

De todo modo, o ritmo de expansão de produtos vendidos diminuiu dos 55,7 por cento para 12,6 por cento no trimestre, na comparação ano contra ano, a 83,5 milhões, devido à adoção de uma taxa fixa no Brasil de 5 reais por venda de produtos com valor inferior a 120 reais e a eliminação de anúncios abaixo de 6 reais, para incentivar a compra de itens com valores maiores. 2018-11-01T215214Z_1_LYNXNPEEA040C_RTROPTP_1_EMPRESAS-MERCADOLIVRE-BANCOS.JPG

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