Rio de Janeiro, 25 fev (EFE).- O Banco do Brasil obteve em 2009
um lucro líquido de R$ 10,148 bilhões, superior em 15,2% ao de 2008
e o mais alto registrado por um banco no país, informou hoje a
entidade.
Os lucros do Banco do Brasil, a maior instituição financeira do
país, superaram os obtidos também no ano passado pelo Itaú-Unibanco,
o maior banco privado da América Latina, que foram de R$ 10,06
bilhões e consideradas até hoje como o recorde do setor bancário.
O aumento do lucro líquido foi atribuído pelo Banco do Brasil ao
crescimento igualmente recorde de sua carteira de crédito, que
chegou no final de ano a R$ 300,829 bilhões, valor 33,8% superior ao
do fechamento de 2008.
A expansão foi consequência da decisão do Governo brasileiro de
utilizar os bancos estatais para ampliar o crédito em um momento de
restrição do dinheiro circulante como forma de fazer frente à crise
econômica global.
O banco esclareceu no comunicado a seus investidores que o lucro
líquido recorrente - ou seja, descontados os lucros por efeitos
extraordinários - foi de R$ 8,506 bilhões, com um crescimento de
27,2% em relação ao de 2008.
A diferença se deve a que a entidade obteve no ano passado um
lucro de R$ 3,03 bilhões pela atualização dos ativos e dos passivos
atuariais da Previ - fundo de previdência dos funcionários do Banco.
O bom resultado do ano passado se deve também em grande parte aos
lucros obtidos no quarto trimestre, que somaram R$ 4,155 bilhões,
com um crescimento de 41,1% frente ao mesmo período de 2008.
Segundo o balanço financeiro da instituição, o retorno sobre o
patrimônio líquido médio do banco em 2009 foi de 30,7%, abaixo dos
32,5% de 2008.
O banco informou também que seus ativos cresceram 36% no ano
passado e chegaram aos R$ 708,549 bilhões, que o confirmam como
maior instituição financeira de toda a América Latina.
O patrimônio líquido do Banco do Brasil no final de dezembro era
de R$ 36,119 bilhões, 20,6% superior ao que tinha no fim de 2008.
Os resultados divulgados hoje incluem os valores dos bancos Nossa
Caixa e Votorantim, cujo controle foi adquirido pelo Banco do Brasil
no ano passado. EFE