NOVA YORK (Reuters) - A Meta (NASDAQ:META), dona do Facebook, introduziu nesta quarta-feira medidas temporárias para limitar "comentários potencialmente indesejados" em publicações relacionadas ao conflito entre Israel e o Hamas.
A Meta afirmou que mudará a configuração padrão sobre quem pode comentar novos conteúdos públicos criados por usuários "na região" no Facebook. Dessa forma, a nova configuração padrão será apenas para comentários de amigos e seguidores, disse a empresa em comunicado.
Um porta-voz da Meta se recusou a especificar como a empresa definiu a região. Os usuários podem optar por não participar e alterar as configurações a qualquer momento, disse a Meta.
A empresa de rede social também anunciou que desabilitará o recurso que permite visualizar o primeiro ou os dois primeiros comentários nas publicações enquanto navega pelo feed do Facebook.
"Nossas políticas são projetadas para manter as pessoas seguras em nossos aplicativos e, ao mesmo tempo, dar voz a todos", disse a Meta. "Aplicamos essas políticas igualmente em todo o mundo, e não é verdadeira a sugestão de que estamos deliberadamente suprimindo vozes."
Esta semana, alguns usuários que publicaram conteúdos em apoio à Palestina ou aos cidadãos de Gaza acusaram a Meta de suprimir seu conteúdo. A Meta designa o Hamas como uma "organização perigosa" e proíbe conteúdo que elogie o grupo.
O Mondoweiss, um site de notícias que cobre os direitos humanos palestinos, informou em 10 de outubro em uma plataforma de mídia social que o Instagram suspendeu duas vezes o perfil de seu correspondente de vídeo. Outros usuários do Instagram relataram que suas publicações e "stories" sobre a Palestina não estavam recebendo visualizações.
A Meta afirmou que corrigiu um erro no Instagram que fazia com que o conteúdo republicado não aparecesse corretamente no "story" de um usuário, tipo de publicação que desaparece após 24 horas.
"Este erro afetou as contas igualmente em todo o mundo -- não apenas as pessoas que tentavam publicar sobre o que está acontecendo em Israel e Gaza -- e não tinha nada a ver com o assunto do conteúdo", afirmou a Meta.
(Reportagem de Katie Paul em Nova York e Sheila Dang em Austin)