Por Kate Abnett
ESTRASBURGO (Reuters) - Roberta Metsola, parlamentar de Malta do Partido Popular Europeu, de centro-direita, conquistou facilmente um segundo mandato na terça-feira como presidente do Parlamento Europeu e apelou para uma política mais inclusiva para ajudar a combater a polarização.
Metsola, que em 2022 se tornou a primeira mulher em 20 anos a presidir a assembleia da União Europeia, surgiu como uma forte defensora da Ucrânia na guerra com a Rússia e em sua tentativa de ingressar na UE. O presidente Volodymyr Zelenskiy enviou suas felicitações.
Dos 623 parlamentares da UE que participaram da votação de terça-feira, 562 apoiaram sua recondução à função principalmente cerimonial por mais dois anos e meio, a maior margem de vitória já obtida por um presidente do Parlamento Europeu.
"A polarização em nossas sociedades levou a uma política mais conflituosa e até mesmo à violência política", disse Metsola, de 45 anos, à assembleia.
"Precisamos ir além desse pensamento de soma zero que exclui as pessoas, que as afasta", afirmou ela.
Metsola pediu ao Parlamento Europeu que continue apoiando firmemente a Ucrânia, o estado de direito e os direitos das mulheres, enquanto se prepara para adicionar novos países à UE.
Em sua mensagem de congratulações, Zelenskiy escreveu no X: "Aprecio muito o envolvimento pessoal da presidente Metsola no apoio à Ucrânia, bem como seu compromisso inabalável de proteger as pessoas e defender nosso modo de vida europeu".
Metsola foi a primeira líder de uma instituição da UE a visitar Kiev após a invasão russa em fevereiro de 2022.
Ela é apenas a segunda chefe do Parlamento Europeu, depois do alemão Martin Schulz, a conquistar um segundo mandato desde que a assembleia se tornou uma instituição eleita diretamente em 1979.