Por Fedja Grulovic
RODES, Grécia (Reuters) - Operadoras de turismo levaram mais de 2.000 turistas para casa nesta segunda-feira, enquanto incêndios florestais assolavam a ilha de Rodes, no que o governo grego disse ser a maior operação de retirada em massa já realizada no país.
Mais voos de repatriação devem ocorrer na segunda e terça-feira, já que os incêndios continuam fora de controle e a autoridade de Proteção Civil alertou que a ameaça de novos incêndios é alta em quase todas as partes da Grécia, atingida por uma onda de calor.
Os incêndios desde quarta-feira em Rodes forçaram 19.000 pessoas a deixarem suas casas e hotéis no fim de semana, enquanto um inferno atingiu resorts costeiros no sudeste da ilha. Um incêndio florestal também levou a desocupações e retiradas na ilha de Corfu.
Rhodes e Corfu estão entre os principais destinos da Grécia para turistas, principalmente do Reino Unido e da Alemanha.
"Nas próximas semanas, devemos estar em alerta constante. Estamos em guerra, vamos reconstruir o que perdemos, vamos indenizar os feridos", disse o primeiro-ministro grego, Kyriakos Mitsotakis, ao Parlamento.
"A crise climática já está aqui, ela se manifestará em todo o Mediterrâneo com maiores desastres."
Depois de deixar hotéis e resorts, muitos turistas pernoitaram no piso do aeroporto de Rodes, à espera dos voos de repatriamento, o primeiro dos quais partiu durante a noite.
De domingo até às 15h (horário local) na segunda-feira, 2.115 turistas foram levados para casa, principalmente para o Reino Unido, Alemanha e Itália, em 17 vôos, disse o Ministério dos Transportes grego. O porta-voz do governo Pavlos Marinakis descreveu a operação como a maior do tipo já realizada no país.
O ministro das Relações Exteriores britânico, Andrew Mitchell, estimou que até 10.000 britânicos estavam na ilha.
(Reportagem adicional de Karolina Tagaris, Renee Maltezou e Angeliki Koutantou em Atenas, Michele Kambas em Nicósia, Padraic Halpin em Dublin e Sarah Young em Londres)