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Minerva vê "vaca louca" no Brasil superada em breve e volume crescente no ano

Publicado 24.02.2023, 10:08
© Reuters. Trabalhador observa gado em mercado local em Hongseong, Coreia do Sul
29/07/2008
 REUTERS/Lee Jae-Won
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SÃO PAULO (Reuters) - A Minerva (BVMF:BEEF3) vê algum problema de curto prazo com o caso atípico de "mal da vaca louca" no Brasil, que resultou em um embargo para exportação de carne bovina brasileira à China, mas considera que o cenário para a companhia é positivo nos próximos trimestres, com expectativa de alta de até 15% nos volumes em 2023, disse o diretor financeiro da empresa, Edison Ticle, nesta sexta-feira.

"Ainda que no curto prazo tenha algum problema no Brasil em função de caso atípico de BSE (siga em inglês para Encefalopatia Espongiforme Bovina), se olhar para o horizonte de dois a três trimestres a situação é muito positiva", disse ele durante apresentação de resultados trimestrais.

Segundo Ticle, esse cenário positivo se dá pela restrição na oferta de carne bovina dos Estados Unidos, enquanto no Brasil a disponibilidade de animais prontos para abate é maior para o biênio 2023/24, com um novo ciclo pecuário.

"Mesmo com a restrição do Brasil (para exportar à China), quero lembrar que o 'footprint' diversificado nos permite atender a China através de operações em outros países como Argentina e Uruguai", disse ele, reiterando a estratégia da empresa para minimizar o problema sanitário que aflige o setor.

A Minerva registrou prejuízo líquido de 25,7 milhões de reais no quarto trimestre de 2022, em meio a um desaceleração de preços e volumes no mercado chinês, o que impactou o período, especialmente em outubro e novembro. Agora a companhia vê o processo de retomada na China ganhando força semana a semana após o fim da medidas restritivas relacionadas à pandemia.

A companhia, maior exportadora de carne bovina da América do Sul, com 20% de "market share", obteve na Ásia cerca de 50% das receitas de exportações em 2022, com a China respondendo por 43% total, segundo apresentação nesta sexta-feira.

Considerando o tamanho da China para a companhia, o executivo admitiu impacto nas receitas e margens decorrente do problema sanitário no Brasil, mas disse também que há um efeito positivo em preços com a ausência momentânea do país para o mercado chinês, algo que pode ser capturado especialmente por três operações uruguaias da companhia, além da Argentina.

"Estamos vendo os preço subindo, portanto as exportações de Uruguai e Argentina devem ser rentabilizadas", disse o CFO.

Olhando o cenário global, com a retomada da maior demanda da China e a queda na oferta de carne bovina dos Estados Unidos, estimada em 10% pelo governo norte-americano, o executivo da Minerva vê boas oportunidades para a companhia, especialmente após a resolução dos desdobramentos do problema sanitário no maior exportador global de carne bovina.

Ele disse que há possibilidade de a empresa aumentar seus volumes entre 10% e 15% neste ano, e considera que os preços de maneira geral seguirão firmes, "flats" (estáveis) em um cenário "conservador".

Os problemas que afetaram a empresa no quarto trimestre, incluindo menores abates em regiões do Mercosul, foram "conjunturais", que deverão ser superados ao longo do ano, acrescentou.

REABERTURA DA CHINA

Também participando da teleconferência, o CEO da companhia, Fernando Queiroz, disse esperar para a semana que vem o resultado da contraprova de um laboratório de referência no Canadá que deverá confirmar que o caso de "mal da vaca louca" no Pará é atípico, ou seja, ocorreu de forma espontânea em um animal mais velho, sem riscos para a cadeia produtiva e consumidores.

A partir daí, ficaria mais fácil de a China reabrir compras do Brasil, que tem um protocolo de "autoembargo" com os chineses quando há ocorrência sanitárias do gênero.

© Reuters. Trabalhador observa gado em mercado local em Hongseong, Coreia do Sul
29/07/2008
 REUTERS/Lee Jae-Won

Queiroz disse não esperar "grande impacto nas exportações" do embargo, especialmente por considerar que o governo brasileiro está priorizando o tema, que deve ser discutido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva com seu colega chinês, Xi Jinping, em viagem do brasileiro à China no final do próximo mês.

Queiroz ainda citou boas perspectivas de abertura do México à carne brasileira, citando informações publicadas na imprensa.

(Reportagem de Roberto Samora)

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