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Investing.com — A Moody’s Ratings elevou a avaliação de crédito básica (BCA) da Centrais Elétricas Brasileiras SA-Eletrobras (Eletrobras (BVMF:ELET3)) de ba3 para ba2, e suas classificações de Família Corporativa de Longo Prazo (CFR) e de dívida Sênior Sem Garantia em Moeda Estrangeira de Ba2 para Ba1. A perspectiva para a empresa permanece estável.
A elevação reflete o progresso sustentado da Eletrobras em sua estratégia corporativa para melhorar a rentabilidade. A decisão de classificação também leva em consideração resoluções recentes nas negociações com o governo sobre disputas relacionadas à privatização da empresa. A Moody’s prevê que a Eletrobras manterá liquidez substancial para apoiar investimentos sem necessidades significativas de refinanciamento pelos próximos três a cinco anos.
A classificação Ba1 da Família Corporativa da Eletrobras, como emissor relacionado ao governo (GRI), considera a aplicação da Análise de Inadimplência Conjunta da Moody’s. Esta análise inclui o BCA elevado, um alto grau de dependência de inadimplência entre a empresa e o Governo do Brasil, e uma probabilidade moderada de apoio governamental extraordinário em caso de necessidade.
Após sua privatização em junho de 2022, a Eletrobras executou com sucesso uma estratégia de simplificação corporativa, visando redução de custos e diminuição de riscos. A empresa reduziu o montante de empréstimos compulsórios para R$ 13,1 bilhões em março de 2025, de R$ 26,2 bilhões em junho de 2022. O número de entidades de propósito específico (SPEs) que controla foi reduzido para 62 em março de 2025, de 81 em dezembro de 2021. A empresa também fez reduções significativas de custos em pessoal, material, serviços e outras despesas, que totalizaram R$ 7,6 bilhões em 2024, uma redução de 24% em relação aos R$ 10,0 bilhões em 2022. Reduções adicionais de 7% são esperadas até 2026.
Em julho de 2024, a Furnas Centrais Elétricas S.A. foi incorporada à Eletrobras para sinergias e otimização fiscal. Essas iniciativas apoiaram uma redução significativa da alavancagem, com a relação dívida/EBITDA caindo para 4,4x em dezembro de 2024, de 6,6x em dezembro de 2022. A visão prospectiva da Moody’s é que os indicadores de crédito continuarão a melhorar gradualmente.
A agência de classificação espera que a Eletrobras mantenha uma gestão prudente de liquidez no futuro previsível. De acordo com a avaliação de liquidez mais recente, a Eletrobras terá buffers suficientes para operar durante um período de 24 meses sem a necessidade de acessar o mercado de dívida, exceto para gestão oportunista de passivos.
A ação de classificação também reflete avanços recentes na governança através da resolução de uma disputa de arbitragem com o Governo Federal em torno da estrutura de votação da Eletrobras, e a redução na exposição ao projeto da usina nuclear Angra 3.
A perspectiva estável reflete a visão da Moody’s de que a empresa manterá sua forte liquidez e posição competitiva como líder de mercado no negócio de geração de energia do Brasil, com uma participação significativa nas atividades de transmissão, apoiando a estabilidade de sua base de receita nos próximos 12 a 18 meses.
Uma elevação dependeria de uma maior redução na trajetória de alavancagem da empresa, junto com a manutenção de liquidez adequada. Por outro lado, a classificação poderia ser rebaixada se houver uma mudança estratégica para uma política financeira mais agressiva que englobe maiores pagamentos de dividendos ou aquisições alavancadas. Evidências de intervenção governamental ou regulatória prejudicial também aumentariam a pressão negativa sobre a classificação.
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