Por Senad Karaahmetovic
Os analistas do Morgan Stanley (NYSE:MS) reiteraram a classificação neutra e o preço-alvo de US$ 230 para as ações da Netflix (NASDAQ:NFLX) (BVMF:NFLX34).
Os estrategistas do banco continuam cautelosos com os papéis da gigante do streaming, pois diversos riscos, como a saturação do mercado, o aumento da concorrência e o enfraquecimento do consumo mundial, podem não estar devidamente refletidos nas estimativas e no valuation.
Por outro lado, argumentam que o aumento da receita com a oferta de um serviço baseado em anúncios já foi precificado.
“Continuamos vendo a Netflix como uma clara líder no mercado de streaming, mas a competição aumentou, e o consumidor global está sofrendo cada vez mais pressão decorrente do estresse econômico. Embora consideremos que o novo serviço apoiado em publicidade possa expandir o mercado total acessível, não está claro se tais iniciativas oferecem um potencial de alta para as expectativas”, escreveram os analistas em nota aos clientes.
Em relação ao valuation, os analistas dizem que “não é muito atraente”, mas também não está esticado, razão pela qual reiteraram a classificação neutra dos papéis.
No geral, os analistas rebaixaram as estimativas de LPA de modo a refletir os efeitos cambiais, o que compensa as projeções de adições líquidas de assinantes.
“Nossa expectativa ainda é que o CAGR do LPA fique entre 15-19% para o período de 2023-25; nossa estimativa de LPA para EF25 é de alta de cerca de 1%, contra nossas expectativas anteriores de benefício cumulativo de que as adições líquidas comecem a compensar o impacto dos efeitos cambiais no longo prazo”.
As ações da Netflix fecharam com uma alta de mais de 3% no pregão de ontem em Nova York. Hoje, recuavam 1,75% às 11h58 (horário de Brasília).