🤑 Não fica mais barato. Garanta a promoção com 60% de desconto na Black Friday antes que desapareça...GARANTA JÁ SUA OFERTA

Morre Edemar Cid Ferreira, ex-dono do Banco Santos, aos 80 anos

Publicado 13.01.2024, 19:30
© Reuters.  Morre Edemar Cid Ferreira, ex-dono do Banco Santos, aos 80 anos

Morreu neste sábado, 13, aos 80 anos, o ex-banqueiro Edemar Cid Ferreira, fundador do Banco Santos, que teve sua falência decretada em 2005. O economista, que já foi um dos empresários mais ricos do Brasil e era conhecido pela sua extensa coleção de arte, chegou a ser preso duas vezes e, nos últimos anos, vivia em um apartamento alugado depois de ter sido despejado de sua famosa mansão no Morumbi.

Duas fonte próximas a Edemar contaram ao Estadão que a provável causa da morte do ex-banqueiro foi um infarto, ocorrido na tarde deste sábado.

Edemar Cid Ferreira esteve nas manchetes do noticiário brasileiro nas últimas duas décadas depois de o Banco Santos ter sido liquidado.

Ele foi acusado de crimes financeiros, lavagem de dinheiro e associação criminosa.

Conforme mostrou o Estadão em maio de 2023, o empresário vivia nos últimos anos em um apartamento alugado, de cerca de 300 metros quadrados, na capital paulista.

Na época, o ex-banqueiro relatou levar uma vida espartana, não ter mais nenhum bem físico em seu nome e viver às custas da ajuda dos três filhos.

Ele se mudou para o apartamento após ter sido despejado de antiga mansão com vista para o Jóquei Clube, no Morumbi, em 2011.

A residência de 4,5 mil m² de área construída foi um projeto arquitetônico de Ruy Ohtake e incluía detalhes como duas piscinas - uma coberta e outra ao ar livre -, uma adega para cinco mil garrafas de vinho e duas bibliotecas.

Desde 2020, o imóvel pertence ao empresário Janguiê Diniz, fundador do grupo Ser Educacional (BVMF:SEER3), após ter sido arrematada em um leilão por R$ 27,5 milhões.

Em maio de 2023, foi divulgado que o proprietário do imóvel contratou um escritório de arquitetura para estudar a viabilidade da construção de um empreendimento de casas de luxo.

Falência do Banco Santos

Em 2004, o Banco Central decretou intervenção financeira do Banco Santos e afastou Edemar Cid Ferreira do controle da instituição. O rombo de R$ 2,1 bilhões no caixa da instituição fez a autoridade monetária decretar na sequência a liquidação do Banco Santos, então 21º maior banco do País. Também foram encontrados indícios no banco de crime contra o sistema financeiro.

A falência do Banco Santos foi decretada em 2005, junto do bloqueio dos bens de Cid Ferreira e outros ex-diretores da instituição.

O ex-controlador do banco foi preso em duas ocasiões. Na mais longa, em 2006, ficou três meses detido no presídio de segurança máxima de Tremembé, no interior de São Paulo.

Sobre o período de cárcere, o banqueiro diz que "tirou de letra", porque, segundo ele, "sabia que a verdade viria à tona". "A sensação de estar preso era algo muito maluco, mas eu tinha certeza que estava certo e seria solto", contou ao Estadão em 2023.

Em 2015, a Justiça Federal anulou a fase de interrogatórios, e a sentença contra Edemar pela gestão fraudulenta no Banco Santos também foi anulada.

Os desembargadores do caso decidiram que a fase de interrogatórios deveria ser refeita. No mesmo ano, a Justiça de São Paulo determinou que sua mansão fosse leiloada por valor mínimo de R$ 116,5 milhões - ela, porém, foi arrematada apenas em 2020 por uma fração da cifra: R$ 27,5 milhões.

Colecionador de artes

Edemar Cid Ferreira, além de ser o presidente do Banco Santos, era conhecido por sua notável coleção de arte, que incluía obras de artistas renomados e era considerada uma das maiores da América Latina. Obras como esculturas de Victor Brecheret e quadros de Tarsila do Amaral e Jean-Michel Basquiat integravam a coleção de mais de 1,5 mil peças.

Após os escândalos financeiros, as obras que eram de sua propriedade foram encaminhadas a leilão, destinadas a juntar recursos para a massa falida da instituição financeira pagar seus credores.

Em setembro de 2020, ele chegou a pedir o cancelamento do leilão de parte de sua coleção, justificando que séries vintage de fotografias clássicas (Man Ray e outros), por exemplo, não poderiam ser desmembradas para não desvalorizar o conjunto - argumento usado anteriormente pela curadora de fotografia do MAC, Helouise Costa.

Até outubro do mesmo ano, o total trazido com quadros, esculturas, fotografias e esboços de artistas famosos, chegava R$ 151 milhões.

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.