🍎 🍕 Menos maçãs, mais pizza 🤔 Já viu recentemente a carteira de Warren Buffett?Veja mais

MP de Minas pede revisão de dívidas da Samarco com Vale e BHP

Publicado 23.07.2021, 20:46
© Reuters. Sede da Samarco, em Mariana (MG) 
11/11/2015
REUTERS/Ricardo Moraes
RNEW11
-
VALE3
-
BHP
-
BR083563745=
-
BHPG34
-

Por Marta Nogueira e Carolina Mandl

RIO DE JANEIRO/SÃO PAULO (Reuters) - O Ministério Público de Minas Gerais recomendou uma revisão de empréstimos realizados pelas mineradoras Vale (SA:VALE3) e BHP (NYSE:BHP) (SA:BHPG34) à sua controlada Samarco, pois acredita que as duas gigantes também podem ser responsáveis pelo pagamento de reparações pelo rompimento de barragem em 2015.

O MP também se posicionou pela rejeição de novo crédito na modalidade DIP de 1,2 bilhão de reais proposto pelas gigantes da mineração, no âmbito do processo de recuperação judicial.

"As acionistas controladoras pretendem habilitar todo o crédito ambiental que julgam possuir na recuperação judicial de Samarco, a despeito da sua responsabilidade solidária pelos danos, sendo que, um maior endividamento, decorrente do DIP Financing, com as próprias Vale e BHP, poderia levar à falência da Samarco", disse o MPMG em documento judicial visto pela Reuters.

O posicionamento do órgão ocorreu a pedido da Justiça, após um grupo de credores da Samarco questionar dívidas contraídas pela empresa junto às suas donas para fazer frente aos pagamentos de reparações pelos danos causados pelo rompimento mortal de barragem em Mariana (MG), em 2015.

Esses credores também pediram que o empréstimo adicional fosse negado.

A manifestação do MP é mais uma etapa do processo, determinada pelo juiz que deverá decidir após o posicionamento de todas as partes.

No total, a Samarco declarou ter uma dívida de 23,7 bilhões de reais junto à Vale e a BHP, sendo cerca de 11,2 bilhões de reais referentes a aportes na Fundação Renova (SA:RNEW11), criada para gerir as reparações com o desastre, segundo pontuou o MP.

Para esse grupo de credores, ambas as mineradoras deveriam dividir por igual com a Samarco os pagamentos pelo desastre e não creditá-los apenas à dona da barragem que se rompeu.

"Restam dúvidas consistentes quanto aos créditos das controladoras, quer com relação à origem, quer com relação ao valor, ou mesmo se devidas pela recuperanda, já que num cenário de solidariedade pelo passivo ambiental, as controladoras são obrigadas ao pagamento de todo o passivo", disse o MP em seu parecer.

"Mister se faz a intimação da recuperanda para que esclareça acerca da celebração dos contratos supracitados", afirmou.

No início deste mês, o governador de Minas Gerais disse que um acordo definitivo para o desastre de Mariana poderia chegar a 100 bilhões de reais, cerca de quatro vezes maior que um acordo inicial pelo desastre fechado em 2016. Até o momento, já foram despendidos mais de 13 bilhões de reais.

© Reuters. Sede da Samarco, em Mariana (MG) 
11/11/2015
REUTERS/Ricardo Moraes

Procurada nesta sexta-feira, a Samarco disse que, "com relação às obrigações não sujeitas à recuperação judicial, incluindo os compromissos com os acordos de reparação, a Samarco reafirma a sua responsabilidade, cabendo a ela os pagamentos daí decorrentes".

Além disso, a empresa disse que o novo empréstimo é necessário "para a Samarco se manter em dia com suas obrigações, tais como salários, pagamento a fornecedores e custeio das ações de reparação da Fundação Renova". A empresa opera atualmente com apenas 26% de sua capacidade produtiva.

Segundo a Samarco, tanto a Vale quanto a BHP ofereceram um financiamento DIP com condições mais favoráveis ​​do que as ofertas concorrentes.

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.