SÃO PAULO (Reuters) - O Ministério Público Federal acredita que os irmãos Batista, donos da JBS (SA:JBSS3), devem continuar presos para evitar que cometam novos crimes, afirmou nesta terça-feira a procuradora Thaméa Danelon.
O MPF apresentou denúncia contra Joesley e Wesley Batista por uso indevido de informação privilegiada e manipulação do mercado com a compra e venda de ações. Wesley também foi denunciado pelo uso de informação privilegiada para a compra de dólares.
"No que depender do MPF, eles vão continuar presos, porque eles soltos vão continuar cometendo crimes e cooptando agentes públicos. Então para garantia da ordem publica, para evitar uma fuga, para aplicação da lei penal, o MPF entende que eles devem permanecer presos", disse a procuradora Thaméa Danelon.
De acordo com o MPF, os irmão Batista podem ser multados em até três vezes o lucro obtido com operações no mercado financeiro investigadas na operação Tendão de Aquiles --cerca de 238 milhões de reais, sendo 100 milhões de reais de ganhos com operações cambiais e 138 milhões de reais que deixaram de perder com operações de compra e venda de ações da JBS.
Se condenado pela Justiça pelos crimes apontados pelo MPF, Joesley pode receber pena de 2 a 13 anos de prisão, e Wesley teria pena de 3 a 18 anos de prisão.
Os irmãos Batista encontram-se presos preventivamente na carceragem da Superintendência da Polícia Federal em São Paulo.
(Por Laís Martins)