(Reuters) - A companhia de aluguel de embarcações para a indústria do petróleo SBM Offshore (A:SBMO) informou nesta quinta-feira que procuradores brasileiros confirmaram a decisão de rejeitar um acordo de leniência, elaborado para evitar que a empresa seja processada por participar de um esquema de corrupção bilionário que envolveu contratos com a Petrobras (SA:PETR4).
Maior do mundo no aluguel de embarcações para a indústria do petróleo, a SBM é grande fornecedora da petroleira e esteve envolvida no escândalo de pagamento de propina a funcionários da estatal visando assegurar contratos para seus equipamentos.
Em 1º de setembro, o Ministério Público Federal decidiu não homologar o acordo de leniência firmado entre Petrobras, SBM Offshore e autoridades, impedindo que a estatal recebesse, por ora mais de 1 bilhão de reais pactuados. [nL1N1BD268]
A decisão ocorreu para revisão dos termos e o prosseguimento de investigações, explicou na ocasião o Ministério da Transparência, Fiscalização e Controle, antiga Controladoria-Geral da União (CGU).
A 5ª Câmara de Coordenação e Revisão do Ministério Público Federal já remeteu a questão para o Conselho Superior do MPF para nova apreciação, segundo informou a SBM nesta quinta-feira.
(Por Wout Vergauwen, reportagem adicional de Marta Nogueira, no Rio de Janeiro)