O investimento da Caixa Econômica Federal (CEF) na melhoria do atendimento aos clientes, tanto no universo físico quanto no digital, é parte de mudanças estruturais do banco, de acordo com o vice-presidente de Fundos de Investimento da instituição, Sérgio Bini.
"As mudanças que estão acontecendo no banco são estruturais e de médio e longo prazo", disse ele ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado. Bini, Rita Serrano (a presidente da Caixa), e os outros 11 vice-presidentes foram deslocados para agências físicas nesta quarta-feira em um "Dia D" da campanha Tá na Caixa, que foi lançada na segunda-feira para valorizar o atendimento prestado pelo banco.
Além do conselho diretor, os diretores e os superintendentes nacionais também deram expediente em unidades. Cerca de 180 foram escolhidas, usando como critério aquelas em que a demanda por atendimento fica acima da média do banco.
Nestes locais, segundo o vice de Fundos de Investimento, a maior demanda por atendimento vem dos beneficiários de programas sociais. Por distribuir os programas do governo, como o Bolsa Família, a Caixa acaba virando um ponto de referência para tirar dúvidas, muito além do saque dos benefícios.
Ainda assim, também há uma demanda grande pelas atividades comerciais, em que a Caixa concorre com outros bancos. "Nessas agências mais críticas tem um atendimento grande a programas sociais, mas ao mesmo tempo é uma oportunidade de fazer negócio", disse ele.
Como mostrou o Broadcast na segunda-feira, a Caixa deve investir R$ 4,8 bilhões em tecnologia neste ano para comprar computadores, pela primeira vez em dez anos, e para modernizar os sistemas, justamente para melhorar a satisfação dos clientes no atendimento. Bini afirma que algumas mudanças já aconteceram: graças a uma modernização de sistemas, o tempo de contratação de crédito consignado passou de 45 minutos para 15.
"Quando digo que é um programa estratégico e não é uma semana só em que os executivos estão nas agências, tem um simbolismo muito grande, mas é uma série de iniciativas, inclusive de pessoas", disse o executivo.
A Caixa está abrindo 32 novas agências e 36 lotéricas neste ano, e contratou 1.000 pessoas para atender nas unidades. No ano que vem, deve fazer dois novos concursos, um deles voltado a tecnologia.