Investing.com - Com a notícia de a TAM pretende fechar o capital da Multiplus (SA:MPLU3), realizando uma oferta pública de ações, os ativos da empresa de fidelidade operam com forte valorização de 6,72% a R$ 26,04.
Na carta à Multiplus, a TAM disse que atribui valor de 27,22 por cento por ação na OPA, equivalente ao preço médio ponderado dos últimos 90 pregões e ajustado por dividendos, com prêmio de 11,6 por cento sobre o valor de fechamento na terça-feira, de 24,4 reais.
Em comunicado, a aérea afirmou que contratou o Credit Suisse para realizar uma avaliação independente e condicionou a OPA ao resultado dessa avaliação.
“Nós esperamos que a ação se aproximasse do preço oferecido. Curiosamente, o papel se torna um bom 'hedge' para um resultado nas eleições que os investidores podem não gostar, fazendo com que o Ibovespa se desvalorize do nível atual”, afirmaram analistas do Itaú BBA em nota a clientes.
Já a equipe do BTG Pactual (SA:BPAC11) disse esperar que os minoritários aceitem a proposta, mas ponderou em nota a clientes que, após alguns eventos negativos relacionados a outros programas de fidelidade, a notícia deve fazer o mercado questionar a renovação do contrato entre Gol (SA:GOLL4) e Smiles (SA:SMLS3).
Para a Coinvalores, o valor apresentado, apesar de ser 11,5% acima do patamar atual dos papéis, que fecharam o pregão de ontem cotados a R$ 24,40, está abaixo da cotação de menos de um mês atrás, quando estava próxima dos R$ 30, e muito abaixo da máxima de doze meses, que é de R$ 38,36 .
Os analistas da Mirae Asset avaliam a notícia como positiva para os minoritários, mas abaixo do consenso. Pelo consenso, o upside da MPLU3 é de 14% e pela oferta o upside é de 12,9 ̈%. A Ação negocia a um múltiplo EV/Ebitda de 2018 de 6,0x e para 2019 de 5,4x.
Na visão da Suno Research, apesar de ser uma notícia um tanto quanto desagradável para o acionista minoritário da Multiplus, ainda existe certa “nebulosidade” acerca de tal decisão tomada por parte da controladora da companhia.