Por Alan Baldwin
LONDRES (Reuters) - O heptacampeão mundial Lewis Hamilton prometeu nesta quarta-feira continuar se manifestando publicamente, apesar de o órgão dirigente da Fórmula 1 reprimir pilotos que fazem declarações "políticas".
O piloto britânico tem usado sua plataforma para destacar a injustiça racial, promover a diversidade e abordar uma série de questões, desde o meio ambiente até os direitos humanos.
A Federação Internacional de Automobilismo (FIA) atualizou seu Código Esportivo Internacional em dezembro passado, exigindo permissão prévia por escrito para fazer ou exibir "declarações ou comentários políticos, religiosos e pessoais" nas corridas.
O presidente da FIA, Mohammed Ben Sulayem, disse que não quer fornecer "uma plataforma para agenda pessoal".
A medida foi criticada por uma série de pilotos, e também por grupos de direitos humanos.
"Eu não estava realmente assistindo às notícias durante o inverno, mas ouvi", disse Hamilton, de 38 anos, a repórteres em uma videochamada após o lançamento do novo carro W14 de sua equipe Mercedes em Silverstone.
"Não me surpreende, mas nada me impedirá de falar sobre as coisas pelas quais sou apaixonado e os problemas que existem."
"Sinto que o esporte ainda tem a responsabilidade de sempre falar sobre as coisas, de criar consciência sobre tópicos importantes, principalmente porque estamos viajando para todos esses lugares diferentes", completou o britânico.
"Então nada muda realmente."
Questionado se ele estaria preparado para receber uma penalidade, Hamilton acrescentou: “Seria tolo dizer que eu gostaria de receber penalidades por falar sobre as coisas. Mas ainda vou falar o que penso, já que ainda temos esta plataforma, ainda há muitas coisas que precisamos resolver."